No Brasil contemporâneo, a visão do índio é díspar em relação à primeira fase do modernismo brasileiro, a qual buscava a sua valorização de forma a transformá-lo em um verdadeiro herói nacional. A indiferença e a violação aos seus direitos são uma das características que promovem essa distinção. Segundo o IBGE, os indígenas possuem um nível educacional mais baixo do que a população não indígena, especialmente na área rural. A lacuna deixada na educação demonstra a desvalorização por meio das entidades governamentais, e o espaço propício para persistência de estereótipos herdados do período colonial. Ainda que, existam leis que assegurem o direito de posse dos seus territórios e órgãos representantes como a FUNAI (Fundação Nacional do Índio) e SPI (Serviço de Proteção ao Índio), embates por terras são travados diariamente entre lideres indígenas e produtores rurais. Cujo lado beneficiado na maioria das vezes é aquele que detém maior poder econômico, a exemplo dos diversos conflitos na região do Mato Grosso do Sul. Outro exemplo de violação aos direitos dos índios é a construção de hidrelétricas no curso das bacias amazônicas, regiões de maior concentração de nativos, este projeto como outros já concluídos acarretará na inundação de seus territórios. Tais ações originam não somente a perda de suas jurisdições, mas também de suas atividades socioeconômicas e patrimônios culturais. Infere-se, portanto, a necessidade de afirmar a cidadania dos povos indígenas no Brasil contemporâneo. Assim, cabe ao Ministério da Educação promover capacitação de professores e investir em escolas e matérias didáticas em cada aldeia. Bem como, o fortalecimento da FUNAI pelo Ministério da justiça e a parceria entre institutos culturais afim do reconhecimento cultural das etnias indígenas.