Título da redação:

A nau da liberdade

Proposta: A questão indígena no Brasil contemporâneo

Redação enviada em 26/09/2018

No limiar do século XXI, os índios brasileiros ainda enfrentam desafios para viver em sociedade. De um lado, a violência perpetuada desde o período colonial. Do outro, a dificuldade de manter o território desse povo. No perpassar da história humana, as divergências culturais sempre estiveram presentes e naufragaram ideários de uma humanidade unida por princípios de igualdade. Nesse viés, os índios, vítimas de uma ilusória superioridade lusitana, tiveram sua cultura hostilizada e reprimida, resultando em um genocídio comprovado pelas estatísticas do IBGE, o qual estima que no ano de 1500 haviam cerca de 5 milhões de índios, hoje, esse número caiu para cerca de 800 mil. Apesar desse extermínio, muitas populações indígenas resistiram e, atualmente sofrem com invasões, exploração sexual e do trabalho, evidenciando portanto, que mesmo com o passar dos anos, a causa desse povo nunca foi de fato abraçada. É importante ressaltar que, o direito dos índios sobre suas terras é garantido pelo Artigo 231 da Constituição Federal Brasileira. Essa conquista, no entanto, é posta em xeque pela bancada ruralista que age em defesa de um modelo econômico dos tempos de colônia, o da exploração de commodities, que se baseia na agricultura do desmatamento, causando diversos conflitos referentes à posse de terras indígenas. Desse modo, é imprescindível a existência de um Estado que lute a favor dos índios. Transcendendo as perspectivas das palavras, são necessárias medidas concretas e seminais para romper os desafios enfrentados pelas tribos indígenas por séculos. Isso se dará, quando o Estado aliado ao FUNAI garantir e executar as políticas indigenistas, para que suas terras não sejam invadidas por latifundiários. Além disso, a Escola, por seu caráter formador, deve demonstrar para a nova geração a importância da integração desse povo através de uma semana educativa, apresentando os índios e sua cultura para que possa quebrar estereótipos e paradigmas. Somente assim, a humanidade consolidará a nau da liberdade em mares muito dificilmente navegados.