Nos últimos anos, tem-se vivenciado uma modificação nas interações sociais proporcionada pela tecnologia. As redes digitais ampliam possibilidades de interação, mas com a redução do contato físico, da conversa presencial, olho no olho. Da perspectiva das neurociências, refletiremos sobre como essas mudanças poderiam alterar o desenvolvimento social e a saúde.Por isso, torna-se evidente a necessidade sobre debater sobre os desafios do relacionamento familiar no contexto das novas tecnologias. Albert Einstein afirmava "Temo o dia em que a tecnologia irá superar nossa interação humana. O mundo terá uma geração de idiotas”. Analisando o atual contexto,pode-se dizer que a era mais temida por Einstein chegou. Com a facilidade de compra e parcelamento financeiro, o numero de compras de aparelhos eletrônicos despencou nos últimos anos, fazendo com que a maioria da população tenha acesso a aparelhos e internet. Segundo pesquisa feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2013,o uso de celular e internet cresceu mais de 100% no Brasil em seis anos. Em causa disso, como consequência ocorre o afastamento social, distanciamento de amigos e familiares em troca de horas online na rede . Uma das consequências de estar mais horas na rede é o sedentarismo.Segundos dados da Revista Época(2015) o sedentarismo atinge 45,9% da população brasileira,além disso, é um dos fatores que causa 13% de mortes. Além disso, com as longas jornadas de trabalho muitas vezes os pais se veem desprovidos de tempo para influenciar e proporcionar uma vida saudável de exercícios aos filhos e para si mesmo,fazendo com que uma das maiores distrações seja o uso da internet e aparelhos eletrônicos. Portanto,medidas são necessárias para amenizar o atual impasse do atual desafio do relacionamento familiar no contexto das novas tecnologias. Segundo Émile Durkheim nada se pode produzir de coletivo se consciências particulares não existirem,por isso , torna-se evidente a necessidade de consciência pessoal,onde ocorra valorização da aproximação social para uma vida melhor. Além disso, cabe a mídia em instruir por meio de propagandas os aspectos positivos e negativos do uso de tecnologias,assim como, maneiras de aproveitar o tempo livre de outra forma, como por exemplo, com esportes, leitura, brincadeiras. Em segundo lugar,cabe ao Ministério da comunicação em fiscalizar e engajar que essas propagandas sejam disseminadas e que esteja ao alcance de todos. Pois, somente assim poderá ocorrer uma vida melhor de acordo com o uso adequado das novas tecnologias.