A possibilidade de exercer atividades remotas, que expande cada vez mais seus horizontes com a evolução dos dispositivos móveis, insere um novo desafio na dinâmica familiar. Se antigamente, pessoas e atividades disponíveis para se estabelecer algum tipo de relação estavam restritas a um determinado espaço físico, hoje em dia, elas podem ser acessadas até o limite da capacidade dos dispositivos móveis atuais. Esse mundo virtual, que oferece uma imensa gama de possibilidades, ganha cada vez mais a simpatia de jovens e adultos, que preferem estar imersos em uma atividade remota, aparentemente mais atraente do que a do mundo real. Esse fato pode ser observado inclusive nas relações cotidianas, onde os usuários de redes sociais, principalmente os jovens, conversam e estabelecem relações com pessoas ou grupo de pessoas distantes da sua localidade, por vezes, esse diálogo acaba sobrepujando uma relação social com indivíduos fisicamente próximos, ás vezes um amigo ou até mesmo um membro importante da família. Tal desinteresse, acaba por estimular um comportamento equivalente naquele sujeito que foi preterido, criando dessa maneira uma sociedade que olha mais para a tela de seus smartphones que para o mundo ao seu redor. As conexões à curta distância parecem não funcionar tão bem quanto às de longa , e é dessa maneiraque se constituem famílias onde os pais não dialogam com os filhos, desconhecendo seus principais problemas e não ficando a par de seu crescimento e de seus objetivos, esses, por suas vez, trocam os conselhos e a educação dos pais por opiniões compartilhadas em redes sociais. Essa relação de ambígua de destruição, corrompe o desenvolvimento da família e favorece o seu desequilíbrio, pois marginaliza pessoas que teoricamente deveriam sentir-se integradas no seio familiar, podendo causar depressão dentro do lar e até mesmo envolvimento com a violência e com as drogas. Com a finalidade de minimizar esse problema tão grave, é necessário que haja diálogo entre a família. Pais e mães, por exemplo, podem reservar um tempo para a família onde seja proibida a utilização de dispostivos móveis. Outra boa medida seria praticar esporte com os filhos, pois exige bastante concentração e envolvimento com pessoas próximas, o que desestimularia o envolvimento virtual com outras pessoas.