Título da redação:

E a família, estão online?

Proposta: Os desafios do relacionamento familiar no contexto das novas tecnologias

Redação enviada em 27/07/2017

Em pouco tempo, a partir do final dos anos noventa, o mundo viu a tecnologia evoluir como uma bola de neve. Os teólogos futuristas do século passado, assim como os roteiristas de Star Strek e Star Wars, já previam a comunicação portátil a longas distâncias através de aparelhos que cabem na palma da mão, mas não imaginavam talvez que essa realidade estivesse tão próxima de sua época. Nesse contexto, onde a distância entre dois países não passa de informação técnica muito menos chega a ser um empecilho para uma conversa olho no olho, graças ao novos smartphones, perde-se de forma sútil a cobiça e apreço pelas relações interpessoais convencionais, nas praças das cidades, nos parques ou no quintal com a família reunida em um domingo a tarde. Não é difícil, àqueles que se entrosaram de forma mais íntima na infância com os familiares, perceber o contraste na afinidade que mantém hoje com os mesmos parentes. Muitas vezes as relações não passam de posts nas redes sociais ou comentários que expressam “saudade”, nas fotos postadas por aquele primo com o qual se jogava bolinha de gude na calçada da casa da avó. A considerar a demanda de tempo cada vez maior para a vida profissional, afetiva e pessoal, torna-se evidente a comodidade da tecnologia, conciliando a rotina agitada e as relações com a família, sem a qual seria preciso abdicar um pouco de tempo de um para dar espaço ao outro. Em frente ao desafio da comunicação orgânica no tempo das máquinas, devem-se a critério de equilíbrio psicológico e social, as família envolvidas em tais circunstâncias, procurar hábitos em conjunto que não envolvam aparelhos sofisticados ou lugares isolados, como visitar um museu ou um parque evitando a presença de celulares na mão de cada membro do grupo para que não se tenha outra opção além de expandir suas próprias percepções do mundo que os cerca.