Há alguns anos a tecnologia vem invadindo cada vez mais o lar das pessoas. Sejam elas de qualquer classe ou credo a necessidade de se sentir conectado é intrínseca. Os mais jovens parecem nascer sabendo como manusear estes aparelhos, gadgets e softwares. O trabalho exige que o funcionário esteja disponível e conectado fora do horário padrão comercial, o círculo social exige mesmo que metaforicamente que o indivíduo esteja disponível e acessível a qualquer instante. No entanto, além desta sociedade virtual onde trabalhamos e nos socializamos, o convívio real parece ter perdido o espaço cativo na mesa de jantar, com isso surge um desafio, tornar o relacionamento familiar mais interessante do que o grupo virtual com o qual nos relacionamos diariamente praticamente da hora em que acordamos até a hora em que nos despedimos para descansarmos. Uma nova sociedade nasce e ganha força, não sentimos o nosso próximo, mas podemos estar juntos pelo tempo que julgarmos necessário. Será que nossos familiares estão prontos para perder espaço em nossas vidas dessa maneira? Enquanto a conectividade parece ser o meio mais fácil de estar em sociedade, preservando sua individualidade e a maneira como você se apresenta ao mundo, a família é base e quando nos desprendemos deste circulo passamos a ser vistos como seres individualistas. Diversos textos colocam em pauta a questão a necessidade de um bom circulo familiar para crianças e adolescentes como sendo de primordial necessidade a interação dos pais para formação de caráter. A tecnologia agrega muito, mas não pode ser considerada a única maneira de entreter uma criança ou um adolescente. Até mesmo aos adultos, cabe ter discernimento do tempo gasto dentro das redes sociais, para valorização da família e do seu meio de convívio real.