Desde a quarta Revolução Industrial, a tecnologia mostra-se cada vez mais presente em nosso cotidiano, porém seria ela apenas benéfica? Com os avanços tecnológicos atuais, pudemos ter benefícios nunca antes vistos até mesmo em relações familiares, como a proximidade com o que está distante, no entanto, também temos uma consequência: o distanciamento com o que está próximo. Assim, a utilização dessas tecnologias durante diálogos familiares tem contribuído para o afastamento dos indivíduos. Dessa maneira, um diálogo familiar não consegue competir pela atenção do indivíduo com a vasta gama de atividades oferecidas pelos eletrônicos, pois, na maioria dos casos, o entretenimento concedido pelos aparelhos é instantâneo, gerando uma sensação de prazer rápido, diferentemente das discussões familiares. Assim, durante encontros familiares, o indivíduo precisa optar entre conversar com seus familiares ou realizar suas variadas atividades nos aparelhos eletrônicos, e, na maioria dos casos, a opção escolhida é a segunda, gerando dispersão, falta de diálogo e incoerência verbal. Em contrapartida, essa tecnologia que tanto afasta também pode ser utilizada para aproximar famílias distantes. Desse jeito, com o avanço das tecnologias tanto nos computadores quanto nos aparelhos celulares, existem diversos aplicativos de videochamadas, como "Skype" e "Whatsapp", que podem aproximar famílias, pois possibilitam aos familiares uma visão próxima da realidade de seu ente querido em vídeo, em tempo real. Desse modo, essas novas tecnologias contribuem para diminuir a saudade e manter os laços afetivos, mesmo que do outro lado do mundo, pois o relacionamento familiar não depende apenas do contato físico, e sim do diálogo e dos sentimentos entre os indivíduos. Então, para que os desafios do relacionamento familiar atuais sejam superados, ao menos parcialmente, as famílias devem desenvolver novos métodos de diálogo e novos de conciliação. Portanto, cabe a família, de modo geral, criar possibilidades de reuniões familiares mais constantes, como a criação de horários tanto para debates quanto de lazer em conjunto, com restrição do uso de aparelhos eletrônicos, assim como, também, conversar com os familiares sobre a situação do uso de eletrônicos e demonstrar interesse em querer melhorar a relação. Portanto, principalmente, com base no diálogo, os desafios de relacionamento familiar poderão ser superados, ao menos, parcialmente.