Originalmente, os aparelhos como computadores pessoais e celulares destinavam-se aos adultos, sendo uma extensão do trabalho, no entanto, sua disseminação está associada aos jovens. Mais permeáveis à ação manipuladora eles aprendem a manipular equipamentos tecnológicos com muito mais facilidade do que os adultos. A família é uma espécie de fio condutor e um filtro, na qual, perpassam valores sociais, como respeito à autoridade, ajuda na introjeção de normas e condutas sociais que facilitam a adaptação à sociedade e aos valores daqueles que o criaram. Em contragosto, a não limitação e/ou restrição do uso e dos conteúdos, que as tecnologias fornecem, abrirá um espaço de vulnerabilidade nos jovens, que não contará com o filtro exercido pelos pais, absorvendo, assim, as mais diversas opiniões, valores, expressões, não condizentes com sua realidade e que servirão de base para a formação de sua identidade, caráter e visão de mundo. Indubitavelmente, ocorrerá, em algum momento, conflitos familiares entorno das concepções divergentes entre os membros familiares, que, por sua vez, levará a um distanciamento e a fragilização das relações no núcleo familiar. Nesse sentido, duas etapas seriam necessárias para contornar esta situação. Num primeiro momento, o MEC, Ministério da Educação, com financiamento Governo Federal, deve fornecer programas e campanhas televisivas educacionais, acerca, da convivência saudável com os meios virtuais em família. Criar curso de qualificação para professores, além de incluir na grade curricular disciplinas que abordem as vertentes tecnológicas e os meios seguros de navegar. Num segundo momento, os pais, devidamente informador pelas campanhas televisivas, agirem como agentes reguladores, filtrando e limitando o conteúdo acessado. Concomitantemente, a escola, já qualificada, irá reforçar aquilo que foi assinado em casa.