Immanuel Kant, filósofo prussiano, afirmou: “O ser humano é aquilo que a educação faz dele”. Assim, muitas pessoas ao perceberem a veracidade dessa citação, buscam se profissionalizar por meio dos estudos. O ensino a distância ganha mais espaço entre as variadas classes sociais, mas esbarra em desafios que o impossibilita de ter um alcance mais longínquo, como a desvalorização desse tipo de instrução e o despreparo da comunidade diante desse novo modelo tecnológico de conhecimento. A educação brasileira foi, por muito tempo, privilégio de uma minoria burguesa que detinha toda a ciência. A pueril popularização das escolas e universidades à comunidade como um todo reforça o desconhecimento da importância de se ter uma graduação. O mercado globalizado contemporâneo cobra cada vez mais discernimento dos jovens e dos adultos brasileiros. Dessa forma, o ensino a distância vem como uma maneira de garantir que mais cidadãos tenham acesso a um curso superior. Todavia, esse tipo de estudo é pouco valorizado em terras tupiniquins quando comparado a um de ensino presencial, acarretando, infelizmente, na inércia de muitos indivíduos frente ao aprendizado pela falta de reconhecimento. Ademais, a ausência de uma democracia tecnológica impede muitos cidadãos de iniciarem seus estudos por falta de meios de comunicação de qualidade, a fim de assistirem às aulas. As regiões norte e nordeste do país sofrem, singularmente, com a precariedade da internet, fato que corrobora para a grande evasão de alunos dos cursos online, haja vista que as lições são ministradas mediante a rede mundial de computadores. Além disso, o pedagogo brasileiro Paulo Freire reitera a importância dos estudos no grupo social ao citar: “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. Assim, a carência de verbas destinadas à maior qualificação dos professores de graduação não presencial ratifica a falta de interesse dos alunos e a consequente estagnação civil no que tange às mudanças coletivas. Contudo, é notório ressaltar que mesmo com esses desafios em voga, o ensino a distância no Brasil tende a crescer, principalmente, entre os jovens pré-universitários, a exemplo de plataformas como o Descomplica e o Projeto Redação. Torna-se evidente, portanto, a extrema necessidade de se suscitar essa questão no Brasil. É preciso que as escolas promovam debates e palestras entre os corpos docente e discente, a fim de esclarecer aos alunos sobre os benefícios dos cursos preparatórios online como complementos do ensino secundarista. É fundamental que a mídia, por meio de programas e propagandas, explique o funcionamento das plataformas de ensino a distância e informe sobre cursos gratuitos e de baixo custo à população, com o objetivo de ampliar a procura desse estudo e promover a inserção desses cidadãos ao mercado de trabalho. É imprescindível, também, que o Ministério da Educação reconheça os diplomas onlines como tão importantes quanto os presenciais e que, associada a uma melhora da internet para as comunidades, feita pelo Ministério da Comunicação, a educação, de uma maneira geral, seja protagonista do progresso sociopolítico do país.