A partir do começo século XXI, houve um significativo aumento na necessidade do uso de plataformas de ensino a distância no Brasil. Nesse sentido, as instituições de ensino superior brasileiras não tiveram a devida infraestrutura para receber a demanda. Entretanto, contemporaneamente, a inadmissível estrutura ainda não foi superada a pesar de esforços feitos. Dessa forma, compreender as raízes e os meandros dessa problemática urge como uma intensa necessidade social, afinal, buscar as causas do efeito é um ponto de partida para solucionar esse entrave: o preconceito com o uso de aparelhos eletrônicos para fins didáticos e a precária conexão com a internet, indubitavelmente são importantes canalizadores desse problema. Em um primeiro plano, o preconceito com o uso de eletrônicos como ferramenta de ensino a distância, parte inicialmente dos professores. Em decorrência disso, os alunos que precisam dessa plataforma alternativa encontram cada vez mais barreiras para a sua formação. Em matéria publicada pela revista Educação a Distância, o professor de sociologia da faculdade UVA (Veiga de Almeida) do Rio de Janeiro afirma que aproximadamente 78% dos mestres que trabalham na UVA têm problemas com a aceitação do ensino a distância. Deve-se, portanto, reverter esse paradigma a fim de priorizar os estudantes. Ademais, em um segundo plano, a dificuldade de acesso a uma banda larga de qualidade também é um dos grandes problemas enfrentados por alunos. Em um estudo realizado por um blog que debate a qualidade da internet brasileira, o professor de Ciência da Computação da Universidade PUC-SP, afirma que somente 45% dos brasileiros têm acesso a uma internet de qualidade, número que assusta em vista que em alguns países da Europa cerca de 93% de universitários tem esse acesso garantido. Desta forma, devem-se empreender esforços efetivos e fé na capacidade de transformação da conexão da web no território nacional. Dessa forma, com o intuito de reverter esse panorama, os educando devem pressionar, por meio de manifestações as instâncias Educacionais de Ensino Superior, para que aprovem e repassem ás secretarias da Educação, afim de que aceitem o aluno de ensino a distância sem preconceito, além de investimentos em redes virtuais de comunicação. Ações publicitárias como televisão, rádio e sites online, e em paralelo, devem buscar a conscientização de embasamento crítico sobre o desenvolvimento do ensino a fora de sala de aula. Assim, o alcance dessas ações será relevantes conquistas sociopolíticas que redesenham equidade.