Desde o tempo mais remoto que Martinho Lutero – monge agostiniano fundador da Reforma Protestante – defendia o seguinte; “Quando a escola progride, tudo progride”. Célebre frase, tão banhada de verdade quanto aplicável a contemporaneidade; afinal, educação sempre foi a base de tudo. Porém assiste-se atualmente um cenário relativamente preocupante no que se refere aos meios e obstáculos presentes no galgar de um ensino de qualidade. Findaram-se os tempos em que escola e ensino estavam limitados a lugares e horários fixos com professores presenciais. A modernidade oferece um vasto acervo de oportunidades, tendo como exemplo o Ensino a Distância (EAD), para que a educação apresentada em novos moldes esteja ao alcance de todos, oferecendo mobilidade e acessibilidade, desde os custos ao local de aprendizado. É fato que a educação já apresentava dificuldades no seu modelo clássico de ensino, e como tal, também ocorre no sistema EAD. Esse último tem contrapontos: ora se mostra muito eficiente e atrativo, ora desperta dúvidas em seu público alvo, que por vezes questiona quanto a metodologia da plataforma de maneira geral, a qualificação dos professores, etc. Nota-se então, presente nestes questionamentos um preconceito, que por diferir do modo culturalmente mais aceito pela sociedade, o EAD não seria digno de tanta confiabilidade nem uma alternativa a se seguir. Assim, contestando estes conceitos pré-estabelecidos; estatísticas feitas pelo Censo EAD.br 2010 apontam as regiões sul e sudeste como as mais adeptas da nova modalidade de ensino, demonstrando a eficiência deste sistema que no caso, colabora (especializando cada vez mais a população para o concorrido mercado de trabalho) para manter no topo aquelas que são as regiões mais desenvolvidas do território brasileiro, em especial no campo econômico. Mediante a realidade brasileira que enfrenta diversos desafios em vários âmbitos, ressaltando-se o quadro econômico e educacional, intimamente conectados; percebemos, portanto, a importância em recuperar a base do país por meio da educação. O EAD mostra-se como ferramenta valiosa para transpor algumas barreiras do ensino brasileiro, mas faz-se necessária a união de forças juntamente com Governo federal e meios midiáticos para desmitificar estes errôneos pontos de vista: que inferiorizam o sistema e se formam pela falta de informação da sociedade; necessita-se também de real investimento em educação seja qual for modelo tomado como base. Com essas ações acredita-se que o Brasil possa pouco a pouco reconstruir o alicerce de sua nação.