O ensino no Brasil, iniciado com os colégios religiosos formados pelos jesuítas, caracterizou-se por metodologia e horários rígidos e assim foi mantido ao longo do tempo, como no ensino público criado por Vargas e nas escolas durante o regime militar. Todavia, a era contemporânea, sobrecarregada de atividades, disponibiliza cada vez menos tempo para a edução, cultura, lazer e família. Nesse contexto, o ensino a distância, embora ainda apresente entraves, surge como uma alternativa às demandas atuais. Primeiramente, esse tipo de ensino ainda não é o preponderante na sociedade. Isso se deve principalmente à inadaptabilidade de uma parcela de alunos e professores, resistentes a algumas características intrínsecas dessa modalidade de educação, como a falta de contato direto, para os estudantes tirarem dúvidas ou fazerem comentários e para os mestres interagirem, e a necessidade de muita disciplina para estudar sozinho. Além disso, outro empecilho ao ensino a distância é a falta de uma inclusão digital plena em muitas regiões do país, a exemplo do Norte e Nordeste, as quais contabilizam os menores números de matrículas "online", segundo a Abed (Associação Brasileira de Educação a Distância). No tocante ao desestímulo dos inscritos, a coordenadora acadêmica Fernanda Guimarães afirma que "as instituições precisam manter o contato com o aluno e chamá-lo à universidade para que ele não perca o foco e o incentivo". Não obstante, o cenário do ensino digital é muito vantajoso e tem apresentado um crescimento sustentado nos últimos anos. Tal efeito ocorre à medida que um contingente cada vez maior de alunos têm sido atraído para essa nova modalidade de aprendizado pelas mensalidades muito mais baixas, pela qualidade e diversificação crescentes dos cursos e pela flexibilidade de tempo. Acerca disso, dados levantados pelo Ministério da Educação revelam que houve um aumento de 7,2% nas matrículas em cursos online, de 2015 para 2016. Somando-se a isso, o pró-reitor da FGV Antônio Freitas projeta que em cinco anos metade dos graduandos brasileiros serão alunos a distância. Por conseguinte, é necessário enfrentar alguns desafios a fim de se obter o total potencial que o ensino a distância possui para revolucionar o alcance e a difusão de cultura e educação. Para tanto, as universidades que oferecem cursos online devem fornecer uma tecnologia de troca de mensagens em tempo real e também manter uma plataforma de perguntas sobre cada matéria, a serem respondidas por professores e monitores, permitindo que os alunos enviem dúvidas tanto nas aulas ao vivo quanto nas gravadas e minimizando a falta de interação. Paralelamente, devem promover pesquisas e trabalhos junto aos alunos presenciais dentro das faculdades, equalizando o incentivo à participação cultural e científica e estimulando a disciplina. Por outro lado, o Ministério da Educação deve estender os subsídios educacionais, como Fies e Prouni, para a modalidade a distância e construir tecnopolos de educação com bibliotecas e computadores para promover o acesso a essa educação àqueles que não possuem internet. Dessa forma, os problemas do ensino a distância podem ser superados e as fronteiras do empoderamento da informação podem abarcar ainda mais pessoas. Afinal, segundo o filósofo iluminista Thomas Hobbes, "conhecimento é poder". Obs: Estou estudando para tentar melhorar meu uso da vírgula. Por gentileza, peço ajuda nessa dúvidas: Introdução: Em "horários rígidos e assim foi mantido ao longo do tempo", precisa de vírgula antes do "e assim"? Eu acho que não, por isso não coloquei. Desenvolvimento 1: Em "... , para os estudantes tirarem dúvidas ou fazerem comentários e para os mestres interagirem, ... ", eu coloquei essa explicação entre vírgulas porque achei mais organizado, mas não sei se está correto. Desenvolvimento 1: Em "No tocante ao desestímulo dos inscritos, a coordenadora acadêmica Fernanda Guimarães afirma ", eu precisava deixar o nome entre vírgulas? Eu não usei porque achei que estaria separando o sujeito do predicado. Desenvolvimento 2: Em " Somando-se a isso, o pró-reitor da FGV Antônio Freitas projeta ": idem à dúvida anterior. Desenvolvimento 2: Em "Antônio Freitas projeta que em cinco anos metade dos graduandos", eu deveria colocar "em cinco anos" entre vírgulas? Conclusão: Em " construir tecnopolos de educação com bibliotecas e computadores para promover o acesso", eu deveria deixar "com bibliotecas e computadores" entre vírgulas? Eu não coloquei porque aí ficaria uma vírgula antes da oração de finalidade iniciada com a conjunção "para", o que eu sei que é um caso no qual não se usa vírgula. Conclusão: Em " Afinal, segundo o filósofo iluminista Thomas Hobbes, " o uso da vírgula está correto, não está? Fora da Redação: Eu devo usar vírgula antes da conjunção "devido a(o)". Ex: a obesidade tem crescido entre as crianças de forma alarmante(,)devido ao sedentarismo e à má alimentação. Peço desculpas se fiz muitas perguntas, mas eu não faço nenhum outro curso, então esse é o único canal que possuo para interagir com um professor. Se puder me responder, estaria me ajudando muito e eu ficaria muito feliz e grata. Desde já, obrigada!