Título da redação:

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Proposta: Os desafios do ensino a distância no Brasil

Redação enviada em 29/09/2016

A educação à distância tem apresentado um crescimento dentro da realidade de ensino brasileira. E, embora encontre algumas barreiras, como a evasão, a resistência de alunos e professores, assim como a dificuldade de adaptação de ambos à essa modalidade, os cursos não presenciais ainda conseguir se ampliar e apresentar vantagens. Argumentos que comprovam este ponto de vista são a crescente diversificação desses cursos no mercado e a geração de novas possibilidades de escolarização, que não existiam anteriormente. Analisando o primeiro argumento, nota-se uma gama de cursos "online" cada vez mais variada e abrangente, podendo-se citar os cursos preparatórios para concursos públicos e vestibulares, cursos técnicos e profissionalizantes, cursos livres, cursos de graduação, e até mesmo de pós-graduação. Além disso, o ensino à distância permite fazer cursos oferecidos por instituições internacionais, como é o caso de muitas universidades da Europa, dos Estados Unidos e do Canadá, que, inclusive, emitem e enviam o certificado de conclusão do curso para alunos de quaisquer países do mundo. A partir disso, pode-se tecer um elo com o segundo argumento apresentado, pois fica evidente que o ensino à distância abre novas portas precursoras da educação e do conhecimento, uma vez que apresenta flexibilidade para pessoas que não possuem tempo ou condições de frequentar um curso presencial. Esboçando um breve paralelo histórico, teve-se a criação de um ensino público sob moldes rígidos, que condiziam com o modelo político centralizador do estado na era Vargas, e que jamais vislumbraria a possibilidade de se estudar a distância. A reflexão sobre esse ponto permite inferir que o surgimento dessa modalidade de ensino e sua expansão não só acompanham as novas demandas do mercado da educação, mas também revelam a descentralização dos poderes do estado, que agora não interfere tão fortemente nas esferas sociais e culturais. Dessa forma, ratifica-se a tese de que o ensino à distância revoluciona a educação e proporciona novas possibilidades aos alunos. Porém, é preciso corrigir os desafios que essa modalidade enfrenta. Para tanto, algumas intervenções devem ser feitas, tendo como agentes o MEC e as instituições de ensino. O MEC deve homologar os diplomas no Diário Oficial da União sem fazer menção à forma de obtenção do mesmo, ou seja, sem distinguir diplomas obtidos pelo ensino presencial ou a à distância, a fim de que não haja diferença entre essas duas modalidades no mercado de trabalho. Além disso, deve incentivar as universidades públicas a oferecerem cursos à distância, por meio de investimentos no setor de tecnologia dessas instituições, a fim de que elas também sejam inseridas nessa nova realidade. Por outro lado, as instituições que oferecem cursos "online" devem estabelecer processos seletivos para ingresso nos cursos, por meio de provas ou entrevistas, para aumentar o número de matrículas de alunos realmente interessados e reduzir a evasão. Devem também promover a igualdade da qualidade entre as duas modalidades de ensino, por meio da unificação de provas e aulas, cujos conteúdos, questões e correções sejam rigorosamente iguais, mudando apenas a forma de acesso, com o objetivo de eliminar a resistência e também as dificuldades de adaptação dos alunos e dos professores. Paralelamente, devem promover pesquisas e trabalhos para os alunos da modalidade à distância, por meio da participação desses nos tecnopolos das faculdades, a fim de aproximar e criar a interação entre os diversos alunos, proporcionando iguais condições de participação cultural e científica. Esse conjunto de medidas possui um alto potencial para equalizar o ensino à distância no Brasil e atenuar gradualmente os desafios enfrentados atualmente, para que, no futuro, essa modalidade ganhe mais força, qualidade e reconhecimento. Afinal, a evolução da educação é o cerne da evolução em todos os demais sentidos dentro de um país.