A ascensão do Ensino a Distância (EAD) deveria se constituir como uma ferramenta para formar academicamente pessoas que possuem obrigações conflitantes com os horários do ensino regular de modalidade presencial. Contudo, a resistência dos educadores e educandos, o descrédito quanto à qualidade, a dificuldade de se adaptar a metodologia, entre outros, têm sido desafiadores para a consolidação do EAD como uma forma de educação bem vista pela sociedade. De acordo com dados do Censo de Educação Superior, o gênero EAD cresce no país, somando mais de um milhão de matrículas. Impulsionados por projetos governamentais, como a Universidade Aberta do Brasil (UAB), a qual integra instituições de ensino e governo para melhor gerir essa modalidade educativa, o EAD surge como a democratização do acesso ao conhecimento no Brasil. O sucesso se deve a popularização da internet, que permite acesso às aulas para habitantes de regiões remotas por um preço até quatro vezes menor. O aluno obtém vantagens, tais como comodidade, flexibilidade de horário e economia de tempo. O Governo, por sua vez, lucra com a formação de novos profissionais no mercado de trabalho, propiciando desenvolvimento tecnológico e científico, movimentação financeira, além de atender a meta do Plano Nacional de Educação sobre a expansão do ensino superior. Contudo, há bastantes desafios a serem superados. Apesar da história do EAD remontar a mais de cem anos, foi recentemente que substanciais investimentos foram realizados para incentivar a sua difusão. Por isso, existe muita resistência tanto dos professores quanto dos alunos, situação que contribui para desacreditar a modalidade e questionar sua eficiência e qualidade. Além disso, a maioria dos alunos ainda não se adaptou à metodologia, apresentando dificuldades em administrar o tempo de estudo e, consequentemente, acumulando atividades. Outra problemática se encontra na crescente necessidade de que haja investimentos em centros de ensino a fim de aprimorar método de ensino, material didático, entre outros. Uma vez comprovada a importância do EAD como uma alternativa para ampliar oportunidades educacionais, torna-se essencial que o Governo e as instituições de ensino constantemente busquem melhorias para o projeto. Isso pode ser feito através de campanhas nas mídias que exibam exemplos de profissionais sucedidos, os quais construíram suas carreiras estudando a distância, algo benéfico para dar maior credibilidade para o EAD aos olhos de educadores e educandos. Coordenadores pedagógicos devem orientar seus alunos quanto à organização de uma rotina de estudos, evitando a evasão. Por fim, é válido o incentivo em pesquisas científicas, por parte dos centros tecnológicos, em prol do desenvolvimento de melhores métodos de ensino e materiais didáticos. Contribuir para a educação no país é oferecer aos seus cidadãos a possibilidade de se tornarem verdadeiros agentes sociais.