Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Os desafios do bullying nas escolas

Redação enviada em 24/10/2018

No filme As vantagens de ser invisível, Charlie e seus amigos Sam e Patrick conseguem ultrapassar as barreiras e ter sucesso mesmo sendo deslocados pelo "bullying". Já fora da ficção, agressões e humilhações repetitivas têm gerado sérios efeitos na sociedade, como suicídios e até mesmo assassinatos em massa. Dessa forma, é evidente a necessidade imediata de providências. É de amplo conhecimento que, em 11 de abril de 2011, Wellington Menezes de Oliveira, vítima de bullying e outros problemas psicológicos, cometeu um massacre na Escola Municipal Tasso de Oliveira, na periferia do Rio de Janeiro, matando-se em seguida. O atentado, que ficou conhecido como Massacre de Realengo, deu força à luta contra o bullying no Brasil, servindo também como um alerta de como situações de discriminação e violência física ou psicológica não devem ser ignoradas por pais e professores, pois podem ser um gatilho para tais atos extremistas. Concomitantemente a isso, de acordo com o Pisa – Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes –, 17,5% dos estudantes das escolas brasileiras, na faixa de 15 anos, revelaram ter sido alvo de algum tipo de bullying, sendo, segundo o Programa Abrace, 35% homossexuais e 33% negros. Por conseguinte, para que tal comportamento seja evitado, entrou em vigor em 2016 a Lei Antibullying, que prevê várias ações contra tal violência. Todavia, apesar dos diversos casos todos os anos, a lei ainda esbarra em problemas de fiscalização e na falta de práticas preventivas, pois não há, conforme Luciene Tognetta, especialista em psicologia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), um acompanhamento nacional ou um programa que oriente as escolas. O que há são boas soluções pontuais, que nasceram do olhar de alguns diretores e professores, não abrangendo todo o âmbito nacional. Diante dessa problemática, consta-se que o bullying tem causado vários efeitos negativos na sociedade, dessa forma, faz-se necessário que se cumpra e fiscalize a Lei Antibullying nas escolas, sendo responsabilidade do Ministério da Educação a constituição de um programa nacional de combate à violência escolar, realizando a formação de grupos para treinamento sobre como identificar e lidar com as situações, além de fomentar estratégias de diálogo entre alunos e professores. Por semelhante modo, é papel do Poder Executivo a aplicação de tal lei, disponibilizando verbas para que psicólogos sejam contratados nas escolas, bem como a realização, por parte da direção escolar, de campanhas antibullying para pais e alunos, possibilitando a conscientização sobre o assunto e fazendo que a saúde mental das vítimas seja preservada e tratada.