"O importante não é viver, mas viver bem".Segundo Platão a qualidade de vida tem tamanha importância que ultrapassava a da própria existência. No entanto essa não é a realidade dos indivíduos que sofrem bullying nas instituições de ensino brasileiro, que apenas vivem, não necessariamente bem, e essa problemática persiste intrisecamente ligada a realidade do país. Nesse contexto a má aplicação das leis, a falta da participação escolar e familiar nessa discussão, distanciam a realidade descrita por Platão da vivenciada por esses indivíduos. É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Tal fato se reflete na falta de administração e fiscalização da lei Antibullying 13.185 nas escolas, medida que tornaria o ambiente educandário mais inclusivo e produtivo para os violentados, e devido aos escassos investimentos governamentais no suporte psicológico e físico das vítimas, a dissolução da problemática não é firmada. Outro ponto relevante nessa temática é o despreparo familiar e da escola como agentes norteadores do reflexo intolerante da sociedade, que afeta diretamente o meio escolar. Sendo assim o baixo rendimento escolar, traumas devido as agressões físicas e psicológicas, e o suicídio, são as consequências de tal impasse. Nesse contexto o filósofo Confúcio afirma que não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros. Assim uma mudança de valores da sociedade é imprescindível para transpor as barreiras do bullying no meio educacional. É evidente, portanto, que ainda há entraves para a solidificação de políticas que visem a construção de um mundo melhor. Para que isso ocorra o governo e as secretarias especiais de direitos humanos devem criar campanhas de divulgação de informações sobre a lei 13.185 utilizando os meios de comunicação, com o propósito de colaborar com a efetivação da lei nas escolas, assim como o Ministério da Educação e Cultura(MEC), deve proporcionar a capacitação das escolas e as famílias, e esses consequentemente norteando o problema. A fim de que a sociedade se desprenda de certos tabus para que não viva a realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão.