Título da redação:

NãoBully

Tema de redação: Os desafios do bullying nas escolas

Redação enviada em 01/11/2017

Dês do massacre de Realengo em 2011, em que um atirador adentrou as dependências de uma escola e abriu fogo contra crianças e adolescentes, deixando doze mortos. Autoridades envolvidas diretamente com a educação e proteção dos jovens, começaram a analisar casos de bullying em instituições educacionais de uma forma diferente, envolvendo cada vez mais familiares e professores nessa dura batalha contra discriminação. Mas, infelizmente pais e escolas enfrentam dificuldades para diferenciar brincadeira de agressão. Antes do incidente de Realengo não existia uma regulamentação específica sobre como jovens que praticassem o bullying e as vítimas deveriam ser tratadas, muitas vezes uma conversa entre as partes envolvidas já era o suficiente. Após o ocorrido, criou-se uma lei que caracteriza bullying como um crime. Ficou definido que as instituições deveriam abrir um espaço para que os jovens pudessem se expressar e opinar sobre o tema bullying. Mas o medo de se expor e denunciar os agressores ronda diariamente muitas crianças, pois sabem que os ataques podem piorar e não haverá uma solução plausível. O papel da família também foi questionado, pois alguns psicólogos alertam que a falta de convivência e diálogo entre pais e filhos dificulta a identificação de uma possível vítima. Mudanças de comportamento e humor, isolamento, tristeza e queda no rendimento escolar, são algumas das características que a família pode notar como indícios de um caso de bullying. Nesses casos os pais devem criar um ambiente confortável e favorável para que a crianças e adolescentes se abram e revelem o que está acontecendo dentro da sala de aula. Evitando assim, que a vítima se torna agressora como é o caso recente do garoto de Goiânia. O Ministério da Educação juntamente com psicólogos, instituições de ensino, pais e alunos promoveriam a criação de uma central nacional de diálogo sobre o bullying: NÃOBULLY. Seria um site onde alunos e escolas se cadastrariam para relatar casos de bullying ou ações positivas contra os valentões. A rede também promoveria debates e discussão sobre ser diferente, o anonimato das vítimas em caso de denúncia e punições simples e severas que as escolas poderiam adotar para seus alunos, como varrer a sala no final de todas as aulas.