Título da redação:

Menos indiferença e mais proatividade

Proposta: Os desafios do bullying nas escolas

Redação enviada em 22/07/2018

A escola, espaço – supostamente - destinado, desde o início da infância, ao aprendizado, às práticas de boas maneiras e de sociabilidade, tornou-se “palco”, de forma mais frequente, de cenas de bullyng – termo utilizado para caracterizar atos de discriminação, exclusão e agressão, orquestrado por uma ou mais pessoas para com algumas “minorias” - como revela pesquisas recentes, através da qual contatou-se que 21% das agressões – pasmem! – ocorrem dentro das salas de aula. Diferentemente das brincadeiras, que até certo ponto, contribuem para uma convivência mais calorosa, a pratica do bullying é perversa, cruel e merece ser combatida de forma tão avassaladora quanto as suas consequências. As consequências dessa prática repugnante podem ser irreparáveis, tanto para quem pratica quanto para quem a sofre. Ao passo que as vítimas se tornam indivíduos mais introspectivos, reclusos e menos participativos, podendo inclusive cometer auto mutilação e suicídio, os agressores adquirem uma predisposição maior ao uso de drogas e ficam mais susceptíveis à depressão na idade adulta. Tais fatos ficaram evidentes em pesquisas realizadas pela Psicóloga e Professora da Universidade Federal do Para (UFPA), Aline Backmann. É inaceitável sabermos que esses atos discriminatórios ocorrem atrás dos muros da escola e que as instâncias responsáveis pelo monitoramento – diretoria, por exemplo - tem-se mostrado indiferentes – tendo em vista o os dados alarmantes já mencionados - diante de tais atos. Considerando o pensamento de Rousseau, segundo o qual o homem nasce puro e o meio o corrompe, podemos inferir que as escolas, assumindo uma postura nada proativa e pouco reativa, diante das lamentáveis práticas de bullyng, tornaram-se no “meio” propício à disseminação de atitudes hostis. Considerando o exposto a respeito do assunto, é notório, portanto, a necessidade de medidas efetivas de curto e médio prazo, na tentativa de frear e impedir a propagação do bullyng. A curto prazo, as escolas devem reprimir de forma exemplar, através de psicopedagogos responsáveis por fiscalizar e monitorar as possíveis agressões emergentes. A médio prazo, o Ministério da Educação deve acrescentar, na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), desde a educação infantil, as disciplinas de filosofia e psicologia básica, no afã de transformar as crianças e adolescentes em cidadãos mais conscientes, compassivos e empáticos.