O longa-metragem It- A coisa , de 2017, retrata um grupo de crianças que é alvo constante de bullying pelos colegas de turma , sofrendo desde xingamentos até violência física. Enquanto isso, os pais e a própria escola são totalmente negligentes a essa situação. Não muito diferente da ficção, na realidade essa prática continua presente no cotidiano e precisa ser combatida. Os atos de bullying ferem os princípios constitucionais como o respeito à dignidade da pessoa humana. São atitudes agressivas que tem como objetivo intimidar alguém independente do motivo e acontece, na maioria dos casos, dentro das salas de aula. Apesar de ter sido criada no Brasil uma lei que previne e combate nas instituições de ensino esse tipo de comportamento, pesquisas feitas pelo Centro de Empreendedorismo e Administração do Terceiro Setor, afirmam que 28% dos estudantes brasileiros foram vítimas de violência e 70% dos alunos presenciaram ocorrências desse tipo. Isso demonstra que o a escola está despreparada para lidar com essas circunstâncias e, muitas vezes, opta pela omissão. Além disso, o ambiente familiar está diretamente relacionado a práticas de intimidação.No filme, as casas das crianças eram lugares hostis, no qual seus pais eram intolerantes , opressores e abusivos.Dessa forma , elas não tinham com quem desabafar e, assim , sem nenhum apoio, algumas acabavam por descontar na escola o que sofriam nos seus lares. Segundo Jean- Paul Sartre, " A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota" , essa afirmativa comprova que o bullying só vai gerar consequências negativas tanto no agressor quanto na vítima. Esta última, por sua vez, pode apresentar casos de baixo autoestima, depressão e até dificuldade no convívio social que afetará o seu futuro. É evidente, portanto, que o bullying precisa ser discutido pela sociedade. Por isso , é imprescindível que o Ministério da Educação promova nos colégios palestras com profissionais e exibições de filmes e documentários relacionados ao assunto para conscientizar os jovens e também as suas famílias sobre os efeitos de tal prática.Mas também, é importante que a escola fiscalize e e atribua a devida punição aqueles que tiverem cometendo qualquer tipo de intimidação e forneça auxílio psicológico as vítimas para que se recuperem e deixem as marcas da violência no passado.