No seriado americano “Thirteen Reasons Why“, evidencia-se os motivos que levaram Hannah Baker, uma menina de 17 anos, a tirar a própria vida. Dentre eles destaca-se o Bullyng, que sofreu na escola, como principal influenciador. Fora do mundo televisivo, verifica-se que essa forma de intimidação é muito presente na realidade brasileira em decorrência da má influencia social e do falho modelo educacional. Em primeira instância, tem-se que, de acordo com o ideário Freudiano, o que acontece durante a formação do Ego, regulador de certo e errado, na criança, de 0 a 6 anos, é de suma relevância para o comportamento futuro dela. Com base nisso, uma sociedade onde 1 a cada 3 mulheres já sofreram violência domestica, de acordo com o Datafolha, influência fortemente os futuros jovens, que presenciam essa hostilidade, a praticarem atos agressivos contra seus colegas de escola. Assim, torna-se notável a grande importância de se dar melhores exemplos para as crianças. Não obstante, o modo como a educação é tratada fomenta a competitividade extrema entre os alunos em busca de sua aprovação. Desta maneira, analisando-se sob a óptica da Seleção Natural de Darwin, onde somente os mais adaptados ao meio sobrevivem, constata-se que o ambiente obtido nas escolas, favorecido pelo exemplo recebido, propicia o bullyng para com aqueles que possuem uma maior dificuldade no aprendizado, logo, a sua marginalização. Sendo assim, faz-se necessário uma reestruturação no modelo de ensino para que essa competição exacerbada seja controlada e todos os talentos sejam explorados. Nessa perspectiva, portanto, vê-se a necessidade da criação de medidas para atenuar a problemática. Desta forma, o Ministério da Educação, em consonância com os Governos estaduais, deve inserir psicólogos nas escolas, com o intuito de que por meio de reuniões individuais com os estudantes, seja relatado problemas internos e externos e, assim, com o acompanhamento adequado, seja minimizado influências negativas. Além disso, o MEC deve incentivar o esporte e as artes nas instituições de ensino, por intermédio de oficinas de arte e criação de equipes dos mais variados esportes, a fim de que todos estejam inseridos em um grupo em comum e, por meio disso, diminuir a segregação. Deste modo, talvez, obteremos uma sociedade onde não se manifeste o pensamento de Hannah Baker.