Título da redação:

Intimidação Sistemática

Proposta: Os desafios do bullying nas escolas

Redação enviada em 23/10/2018

É de fundamental importância o combate ao bullying, visto que, segundo o noticiário da revista “Carta Capital” o Brasil é o quarto país do mundo com maior prática dessa intimidação sistemática, além do mais, a escola é o principal ambiente onde ocorrem essas práticas. Nesse contexto, deve-se analisar que a falta de colaboração da família e a omissão das escolas provocam os casos de tal problemática na vida dos estudantes. Deve-se pontuar, de início, que a falta de colaboração da família é um dos principais responsáveis pela má formação da conduta do indivíduo. Isso pode ser explicado, segundo o filósofo John Locke, o qual diz que o ser humano é como uma tela em branco que é preenchida por experiências e influência, com base nisso, pode-se levar em consideração que as atitudes adotadas pelos jovens que praticam bullying têm origem no cotidiano familiar. Evidentemente, isso acontece por conta de que muitos pais passam mais tempo trabalhando do que educando e corrigindo os filhos, o que ocasiona a falta de afeto, a comunicação falha e as brincadeiras ofensivas. Por conseguinte, à falta de correção, incitam os jovens a perpetuarem o bullying, reproduzindo os acontecimentos dos seus lares na escola. Atrelada à falta de colaboração da família, a omissão das escolas também é responsável pelos casos de bullying no cotidiano escolar. Isso pode ser explicado porque muitos colégios ainda evitam reconhecer a dimensão dessa violência intencional e repetitiva, fazendo com que agrave a situação, mesmo que, desde fevereiro de 2016, uma Lei Federal determine que todos os colégios públicos e privados do Brasil precisam assegurar medidas de conscientização, prevenção e combate à intimidação sistemática. No entanto, quanto a essa questão, é notório ver constantemente adolescentes sendo vítimas do bullying por conta da sua aparência e por ser estudioso. Desse modo, em decorrência dessa omissão, as vítimas acabam desenvolvendo graves distúrbios psicológicos como depressão, síndrome do pânico de ir à escola, e o desejo de vingança, como ocorreu com o garoto que matou dois colegas a tiros em uma escola de Goiânia em 2017, porque sofria constantemente bullying. Torna-se evidente, portanto, que é necessário coibir essas práticas de intimidação sistemática. Dessa maneira, é preciso que o Ministério da Educação aumente a fiscalização nas escolas, com a intenção de que os fiscais observem se as escolas estão cumprindo a Lei do combate ao bullying, para que, assim, diminua tal problemática. Ademais, a escola e a família, como elementos de formação da conduta do indivíduo, devem se envolver nos problemas sociais e psicológicos, tanto da vítima como do agressor, por meio do acompanhamento de psicólogos e psicopedagogas com objetivo de evitar o surgimento da depressão e do homicídio como válvulas de escape, a fim de que possam ensinar os estudantes a importância do respeito ao próximo. Dessa forma, a tela branca dos alunos serão preenchidos por experiências e influência de boa conduta, defendida por John Locke.