Título da redação:

Integridade moral: um direito

Proposta: Os desafios do bullying nas escolas

Redação enviada em 09/10/2017

O bullying é caracterizado por agressões físicas e/ou psicológicas praticadas em pares, cada vez mais comuns em salas de aula. De acordo com Cleo Fante, escritora de um livro sobre o assunto, esse tipo de violência sempre existiu, mas tem crescido significativamente nas últimas décadas, impactando diretamente na saúde mental dos agredidos, chegando a causar suicídio. Uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2015 revela que quase 50% dos alunos já sofreram bullying, dado refletido no caso reportado pelo Jornal Hoje em agosto de 2017: uma aluna não identificada denunciou o espancamento praticado pelos colegas após uma série de agressões verbais sobre o peso da vítima. Ela alegou ainda que não obteve apoio da direção escolar. Normalmente, como ocorreu no caso relatado, a violência tem como principal motivação a aparência física da vítima e pode ser identificada em crianças e adolescentes pelo aparecimento de sintomas como: queda na autoestima e no desempenho escolar, criação de "desculpas" (como dores) para não ir à escola e a dificuldade de concentração e aprendizado. É inegável que o bullying precisa ser combatido e encarado como uma prática ilegal, já que está previsto no Estatuto da Criança do Adolescente e no Código Penal, caracterizado como crime por intimidação sistemática. Combater as agressões é, antes de tudo, preservar a integridade moral e o direito dos alunos. Os agressores precisam orientações e punições para que tenham conhecimento das sequelas causadas, visto que todo preconceito é fruto da ignorância, como afirma Paulo Austran. Logo, as escolas devem receber orientações sobre o Programa de Combate de Intimidação Sistemática, já existente e que deve ser divulgado pelo Ministério da Educação por meio de palestras e capacitação de profissionais escolares, orientando-os sobre a obrigatoriedade escolar de acolher a vítima e tomar as providências adequadas de acordo com a situação. Ademais, deve-se incentivar a criação de um comitê escolar contra o bullying formado por alunos que, sob a supervisão dos professores, reportem as situações de violência à coordenação escolar, além de promover discussões sobre o tema e amparar a vítima no primeiro momento até que a coordenação assuma o caso.