A construção de uma sociedade está diretamente ligada a educação, aos direitos e deveres de cada cidadão. Paulo Freire grande educador brasileiro, trabalhava de acordo com a realidade dos alunos, nesse conceito cita: "A educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas mudam o mundo". Contudo, a escola com a responsabilidade de formar cidadãos em conjunto com a instituição familiar, insere nesse contexto, a socialização e um contato com as diferenças. Nesse âmbito o que contradiz é a intolerância, desrespeito, gerando uma onda de violência, comumente chamada de bullying. Bullying é a designação de um ato de violência física, verbal, que agride a moralidade e a integridade do indivíduo, pode parecer uma brincadeira, mas a piada geralmente é a ridicularização de alguém, constante e intuitiva. Em um caso que ocorreu nos Estado Unidos, um garoto de 13 anos cometeu suicídio, por não suportar mais ir à escola, foi a partir de uma carta que descobriram o que havia sofrido, incluso contava sobre o pedido de ajuda à professores, que não fizeram nada. A triste realidade, propõe um pensamento, o que as escolas estão fazendo para conscientizar e minimizar este fenômeno? Já se sabe que a escola é o lugar de mais propagação dessa violência, e as consequências vão mais além delas. A depressão, os traumas gerados, torna ainda mais preocupantes quando nesses casos, a vítima comete suicídio. A série Thirteen Reason Why, baseada na história de Hannah Backer, relata os treze porquês dela ter tirado sua vida, cada episódio conta cada vez em que é agredida pelos seus colegas, tanto em ambiente escola, quanto fora dele. A forma como acontece e a busca por justiça por um dos amigos, faz com que os pais acusem a escola e aqueles que cometeram violência com a filha. Viralizada, o entretenimento trás uma mensagem de conscientização, e de alerta para o que ocorre nas escolas, tanto as consequências de quem é vítima, quanto como é o caráter do agressor, e ainda aqueles que participam de toda essa "brincadeira". No Brasil há processos judiciais contra danos morais decorrentes do Bullying, nos estados de Distrito Federal e Minas Gerais, com a decisão de indenização às vitimas, mesmo de menores, uma punição à família dos agressores. Mesmo com isso, na maioria das vezes esses casos não é levado à justiça, muito menos tem o conhecimento necessário para combater ao Bullying. Diante da complexidade do problema em um âmbito educacional, é relevante que o Estado proponha campanhas nas escolas, e nas mídias sociais, em que exponha a gravidade e medidas a serem aplicadas. Afirmar o papel da família na formação cidadã baseadas em valores éticos e morais. Além disso a obrigatoriedade de projetos dentro das escolas, para professores, coordenadores, com direcionamento ao tratamento de alunos que sofreram bullying, e como proceder de formar correta e efetiva no combate a essa violência em sala de aula. Contudo, a punição deve ser considerada, para uma sociedade mais justa a fim de preservar e assegurar direitos de qualquer cidadão. A partir dessas medidas, a escola poderá ser efetiva em cumprir seu papel.