Título da redação:

Escola:ambiente de estudo ou de sofrimento?

Proposta: Os desafios do bullying nas escolas

Redação enviada em 19/10/2017

Segundo a filósofa Hannah Arendt, "o mal é algo de que todos somos capazes". Tal premissa, é evidenciada na última pesquisa do IBGE, que revelou que 2 em cada 10 estudantes já praticaram bullying. Desse modo, a execução dessas "brincadeiras" cresce constantemente nas escolas e cria um ciclo de agressão física, moral e psicológica que é inaceitável. Ao se examinar alguns dos motivos que causam a rotina de violência nos colégios, verifica-se que a intolerância é a raiz do problema. Nesse sentido, condena-se tudo aquilo que diverge de um padrão de estereótipos e atitudes. Prova disso, é que, de acordo com o IBGE, aparência é o principal motivo de deboche. Além disso, segundo Marlora Noleto (coordenadora de Ciências Humanas e Sociais da Unesco no Brasil), "a violência nas escolas reproduz a violência na sociedade". Nesse ínterim, o opressor, muitas vezes, copia exemplos que, em geral, estão dentro dos próprios lares com uma rotina de briga e agressões, intimidando e subjugando os que estão ao seu redor. Não bastasse isso, a negligência das instituições de ensino e a permissividade da sociedade também acentuam ao problema. Em decorrência de tais fatores, constata-se que o bullying vem crescendo nos últimos anos, segundo o IBGE. De acordo com a última pesquisa, quase metade dos jovens entrevistados, de 13 a 17 anos, já sofreram com algumas "brincadeiras" e desses, cerca de 195000 alunos passam por humilhações frequentes. Não raros os casos, essa prática gera pessoas traumatizadas e contribui, inclusive, para a perpetuação da violência cotidiana. Fatos que comprovam isso, foram os casos de Columbine, nos EUA, e o massacre de Realengo (no qual doze crianças foram assasinadas por um jovem também vítima de bullying na infância). Além disso, há o cyberbullying, que se dá pela facilidade que ele pode ser executado, sensação de segurança e do aparente anonimato que a rede proporciona ao agressor. Na maioria das vezes, o estudante nem sabe de quem se defender. Evidencia-se dessa maneira, que esse mal precisa ser urgentemente combatido. Portanto, é essencial que o Governo, juntamente com a mídia, crie campanhas para demonstrar a gravidade desse problema, inclusive por meio de ficção engajada e de debates em programas de televisão voltados para o público infato-juvenil. Ademais, os pais possui o dever contribuir na formação ética e moral dos filhos, dando bons exemplos, orientando e acompanhando sua rotina. Em paralelo, a escola deve estabelecer limites, vigiar e punir comportamentos errados, criando, assim, um ambiente saudável para discutir o tema e evitar futuros problemas. Dessa forma, se formará cidadãos com mais respeito e tolerância, construindo um país mais justo e, de fato, desenvolvido.