Título da redação:

Entre Gerações

Tema de redação: Os desafios do bullying nas escolas

Redação enviada em 09/10/2017

Práticas abusivas entre colegas sempre foram um traço juvenil que habita nossas salas de aula. Todavia, com a modernidade essas práticas ganharam uma terminologia própria: Bullying. Um problema há muito existente e de discussão tão postergada, torna-se sobre uma nova roupagem, um assunto de amplo alcance em toda sociedade. Sendo paradoxal que a mesma sociedade que hoje combate essas práticas fora também uma de suas principais instigadoras, promovendo não só bullying, mas estimulando os alunos que o façam, o que promoveu reflexos negativos que ecoam e se reforçam. Nesse contexto, é possível observar que em um passado não tão distante práticas abusivas eram também perpetradas pela própria instituição de ensino, tais como: castigos físicos e humilhações verbais, que muitas vezes eram efetuados por professores ou diretores. Embora hoje tais práticas sejam proibidas, a estrutura funcional ainda sobrevive, a repressão a minorias é perpetuada não mais pelos “educadores” em nome de um rígido padrão de normalidade, mas por crianças que ainda imaturas não sabem lidar com o diferente. Outrossim, apesar da aparente superação de uma sociedade retrógada, ela ainda se manifesta em antigos hábitos, agora mais agudos e potentes, causando graves danos ao tecido social. Além disso, não é somente o alvo das agressões –sejam físicas ou psicológicas- que são vítimas, mas também os agressores. Como um par ação-reação, os que sofrem bullying são afetados, podendo, segundo pesquisa efetuado pela UFPA (Universidade Federal Do Pará), ocasionar psicopatologias que podem culminar até em suicídio, em contrapartida os que praticam são mais suscetíveis à depressão e problemas com drogas na vida adulta. Desse modo, ninguém sai ganhando com a prática do bullying, mas há uma perda mútua que deve ser extinta a todo custo. Fica evidente, portanto, que o atua problema relacionado com o bullying não é um fenômeno novo, mas um aumento na expressividade de uma antigo problema. Desse modo, o Ministério da Educação deve criar cursos online, ministrados por psicólogos, psiquiatras e sociólogos, visando à capacitação dos professores acerca de como lidar e mitigar o bullying dentro de sala de aula. Destarte, ONGs devem promover o debate dentro das escolas por meio de panfletos educativos e palestras sobre a problemática com pedagogos, em uma linguagem fácil e acessível para crianças e adolescentes. Ademais, as próprias escolas deveriam organizar debates entre as calasses sobre a problemática, dando assim voz às vítimas e proporcionando uma reflexão ao agressor, somente uma sociedade diversa e respeitosa poder-se-á considerar moderna.