Nas palavras de Vinicius de Moraes, "é preciso inventar de novo o amor", Carta Ao Tom 74 é uma crítica aos tempos modernos, onde todo o tipo de violência é praticada aos montes e com um grande grau de impunidade. Naturalmente, em meio ao caos dos adultos, as crianças encontram o prazer na prática do bullying, devastando a vida alheia por puro entretenimento. Brigas verbais e físicas em casa, assaltos à mão armada nas ruas e conflitos das mais diversas formas estão cada vez mais presentes na vida das crianças brasileiras, devido ao seu baixo grau de consciência, as mesmas acabam praticando, basicamente, a mesma crueldade. O famigerado bullying infelizmente vem ganhando força, a cada ano que passa o Estado busca realizar investimentos na prevenção e educação, almejando a redução dos índices, porém é notável que os efeitos não estão surgindo. De tempos em tempos manifestam-se casos graves de conflitos escolares, muitas vezes envolvendo a morte da vítima, seja pelo fato de quem praticou o crime ir contra a forma do outro se vestir, agir ou simplesmente por sentir vontade de brigar. O ambiente de estudos e aprendizado torna-se um ringue, uns filmam, outros apoiam o agressor, alguns apenas observam; todos contra um. Vendo por este lado, rara é a ocasião onde apenas uma pessoa pratica o ato, passiva ou ativamente, os envolvidos colaboram com os exorbitantes casos. A vítima, por conseguinte, tende a sofrer para o resto da vida com lesões e traumas, mostra-se necessário, portanto, uma forma urgente de resolver esse gritante problema. A fim de gradativamente diminuir a prática do bullying nas escolas, a intervenção dos pais na vida de seus filhos é necessária, visto que seus "heróis" são fruto de um espelhamento social. O estado, devido a ineficiência de seus investimentos, deve concentrar parte dos valores em conscientizar os pais por meio de anúncios publicitários incorporados em todos os meios de comunicação. O futuro da nação está na mão das futuras gerações, o amor precisa renascer.