A maioria de nós tem assistido estupefatos a episódios de violência ocorridos em escolas brasileiras e nos Estados Unidos, tais ações tiveram origem em ofensas e agressões propositadas entre alunos, o denominado bullying. O ato de submeter outra pessoa à episódios de violência com a intenção de diminuir, constranger, ofender, tem levado à situações extremas como homicídios e até suicídios. O noticiário tem demonstrado que determinadas situações vivenciadas pelos estudantes não devem ser tratadas como brincadeiras de mau gosto ou provocação, mas deve-se dar uma atenção para as causas e os efeitos do bullying. Embora a escola seja um espaço de aprendizagem e socialização nem sempre as experiências vividas ali pelos estudantes são agradáveis ou representam modelo positivo de convívio social. O debate deve ultrapassar os muros da escola, mas especialmente dentro dela deve ficar claro que submeter alguém a situação de vergonha não é engraçado e não contribui para um convívio pacifico e respeitoso Nem sempre é possível prever os desdobramentos do bullying já que algumas questões extrapolam o conhecimento e controle dos responsáveis pelas práticas escolares como transtornos ou condições emocionais e nem todas as pessoas vão responder da mesma forma se expostas à situações degradantes e vexatórias, muitos podem não superar a dor e o sofrimento provocados por este tipo de agressão. É preciso que no âmbito da rotina escolar se identifique casos que requeiram maior atenção e análise do risco a que vitimas e autores de bullying possam estar sujeitos. A escola deve abordar os fatos e de forma assertiva e segura acolher os envolvidos em acompanhamento psicopedagógico, além de estimular o diálogo entre seus alunos para que o ambiente escolar jamais reproduza a mesma violência com a qual convivemos diariamente em quase todas cidades do país.