Título da redação:

Bullying nas escolas: até quando?

Proposta: Os desafios do bullying nas escolas

Redação enviada em 22/10/2017

É comum presenciar em escolas cenas de alunos implicando ou trocando agressões um com o outro. Todavia, quando essa situação é repetitiva e a vítima sofre ameaça, opressão, humilhação e intimidação, ela deixa de ser algo comum e caracteriza o bullying. Em primeiro plano, é preciso apontar o que facilita a prática do bullying nas escolas. De acordo com a pesquisa O Bullying Escolar no Brasil, organizada pela ONG Plan Internacional, 21% dos casos de bullying no país ocorre dentro de sala de aula, e não no pátio da escola. Isso ocorre porque em muitas escolas os alunos têm aula vaga e ficam dentro da sala sem nenhuma fiscalização, além da superlotação das turmas, o que impede que os professores monitorem todos os estudantes, e o despreparo do docente, que muitas vezes não sabe diferenciar o bullying de uma brincadeira de mau gosto. Além disso, é comum em diversas instituições de ensino a supervalorização de boas notas, com a exposição de ranking de desempenho dos educandos, resultando numa competição entre eles na qual, muitas vezes, aquele que tirou nota baixa é ridicularizado. Em segundo plano, é necessário analisar as consequências do problema. Tanto o agressor quanto a vítima apresentam queda no rendimento escolar. O primeiro, normalmente, busca maior popularidade e foi criado em um ambiente doméstico violento, pois, como dizia Rousseau, o homem é bom por natureza, é a sociedade que o corrompe. O segundo costuma enfrentar medo e vergonha de ir à escola e pode adquirir doenças como depressão. Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência mostra que 41,6% das vítimas nunca procuraram ajuda ou falaram sobre o problema (nem mesmo com os colegas), fator que dificulta a erradicação do bullying. Para que o bullying seja combatido, as instituições de ensino devem promover palestras com psicólogos na presença de pais sobre o assunto, com o objetivo de informar os pais sobre essa violência e fazer com que eles notem se o filho está ou não passando por ela. Ademais, deve haver nos colégios um número limitado de alunos por turma, com o propósito de aumentar o controle do professor sobre ela. Outrossim, o Ministério da Educação deve adicionar à matriz curricular estudantil disciplinas que falem sobre a diversidade entre as pessoas, com a finalidade de ensinar o respeito entre os estudantes.