Desde a antiguidade, os cidadãos costumam discriminar quem não pertence aos padrões da sociedade, como os padrões de beleza. Esse fato vem caminhando até os dias atuais, tornando a diferença um motivo para agressão física ou verbal. O bullying, tipo de humilhação ou discriminação, pode estar presente em qualquer ambiente, portanto, ele ocorre regularmente nas escolas. As pesquisas do Ministério da Educação confirmam isso, advertindo que um em cada dez estudantes sofre com o bullying na escola. Contudo, grande parte dos colégios está sem controle sobre esses acontecimentos e as vítimas ficam sem a proteção necessária. Geralmente, o opressor procura satisfação por meio da violência, pois convive em famílias desestruturadas e sem o afeto fundamental. Por essa razão, ele tenta ser o mais ‘’popular’’, fazendo com que outras pessoas se sintam inferiores. O oprimido, no entanto, sofre uma angústia que pode gerar depressão e levar ao suicídio. Além disso, a vítima pode tolerar em silêncio, sem seus familiares notarem. O Ministério da Saúde informa que nove em cada dez suicídios poderiam ser prevenidos se houvesse mais atenção das pessoas próximas. Diante dos fatos mencionados, podemos concluir que o bullying se tornou uma questão de saúde pública. Por isso, é imprescindível que as gestões de cada cidade invistam em campanhas que incentivem o respeito e informem que discriminação de qualquer gênero é crime. Além disso, as escolas e famílias devem dedicar mais atenção a esses casos, orientando os jovens a denunciarem as agressões sofridas. Não há outro caminho para o fim do bullying, a não ser conscientizar crianças e adolescentes.