O bullying é definido por uma série de agressões físicas ou verbais realizadas por uma pessoa ou por um grupo contra um terceiro, com o fim de diminuí-lo e humilhá-lo. Essa prática existe há muito tempo nas escolas, porém há alguns anos ela vem sendo alvo de discussões pela sociedade, tendo em vista que a mesma gera sérios problemas psicológicos nos jovens. Sendo assim, se tornou fundamental a visibilidade dessa situação, que é considerado um problema crônico nas escolas. Segundo estudos, cerca de 350 milhões de jovens sofrem bullying no mundo. No Brasil essa prática é recorrente nas escolas e os atos de agressão são muito prejudiciais às vítimas, pois elas podem desenvolver quadros de depressão, problemas com a auto-estima, distúrbios psicológicos e até levá-los a cometer o suicídio. Nesse sentido, as consequências dessa prática foi abordada em uma série muito conhecida, chamada 13 Reason Why, que acabou por fomentar a discussão desse assunto entre os jovens, familiares e pelas escolas. A série mostra como o papel de cada agente, como os amigos, a família e a escola, interferem na vida da vítima. Por isso, o grande desafio para combater o bullying é saber identificar qual a função do indivíduo nessa situação, ou seja, se são os pais ou professores ou alunos e o que esses agentes devem fazer para interromper esse ato. As escolas brasileiras, portanto, enfrentam desafios para conter essa ação, na medida em que demoram para identificar essa prática, pois muitos professores não se preocupam em observar se esses atos estão sendo realizados dentro da sala. Somado a isso, muitas instituições educacionais não possuem um corpo de psicólogos para auxiliar as vítimas, que poderiam buscar ajuda nesse setor. Além do mais, a relação da escola com os responsáveis também se torna um ponto de desafio, já que muitos familiares não educam seus filhos para se comportarem devidamente com o coletivo e as escolas acabam tendo que fazer isso, sozinhas. Logo, observa-se a importância do núcleo familiar e escolar se unirem para combater essa questão. Fica evidente, então, que o bullying deve ser enfrentado, pois causa uma série de consequências negativas para a vítima. Desse modo, as escolas devem criar um setor de psicologia, contratando profissionais da área para que eles possam auxiliar na identificação de vítimas e agressores, ajudando-os na superação e conscientização desse tema. Ademais, as escolas poderiam promover debates, realizando palestras a fim de mostrar as consequências que essas agressões podem causar no indivíduo. Por fim, cabe aos familiares dialogar com os filhos se disponibilizando a ajudá-los e esclarecendo, também, as consequências desse ato.