O bullying nas escolas brasileiras têm apresentado significativo aumento, sendo esse, uma prática agressiva, disfarçada de brincadeira, da qual gera desconforto ao indivíduo agredido. Comumente ocorre em escolas e em sua maioria é sofrida e praticada por adolescentes. Essa questão desafiadora pode ser analisada à luz dos seus aspectos de saúde mental e familiares. Segundo o renomado teórico da psicologia, Donald Winnicott, todo aspecto negligenciado para a criança, sendo esse de seu direito, será reivindicado por ela de alguma forma. Isso explica o fato dos praticantes de bullying sentirem necessidade de humilharem outrem aparentemente desfavorecido, seja por aparência física, comportamental, ou por ser diferente dos grupos comuns do colégio. Esse fato se explica por ter a possibilidade de faltar algo para os agressores no ambiente familiar ou social, e assim, leva-os a expelir essa necessidade não suprida. Isso afeta ambos os lados, pois o agredido sofre com as agressões, podendo resultar em automutilações, depressão, acarretando até em suicídio e o agressor é visto como rebelde e reprimido. Além disso, a questão familiar pode ser abordada como principal fator para o comportamento inadequado. Essa realidade aponta que a família é o primeiro contato do ser humano com a sociedade, sendo a educação familiar algo primordial para um convívio saudável com o todo social. Esse apontamento traz à tona a questão apresentada por Émile Durkheim, ao dizer que o homem mais do que formador da sociedade é resultado dela, sendo assim, cada comportamento errôneo praticado com o outro, resulta em algo negativo, para um ou ambos os lados. Fica evidente, portanto, que o bullying é uma prática da qual necessita ser melhorada, assim sendo, pode ocorrer com o auxílio do Ministério da Educação implantando campanhas nas escolas, através de palestras ministradas por psicólogos e psicopedagogos especialistas no assunto, visando conscientizar os alunos sobre as graves consequências da prática. Concomitantemente, faz-se necessário a implementação de palestras em postos de saúde e empresas, produzidas pelo mesmo grupo de profissionais, a fim de alcançar o âmbito familiar, fazendo-os refletir sobre o comportamento de seus filhos em relação ao assunto, para buscar melhor discussão acerca do bullying e descobrir possíveis agressores ou agredidos no ambiente escolar. Só assim, será possível vencer os desafios do bullying na escola.