No Brasil, as escolas públicas e particulares padecem sob os mais variados tipos de problemas. Entre eles está a modalidade de crime que é uma das que mais crescem no Brasil: o Bullying. Segundo o filósofo Thomas Hobbes, é intrínseco à natureza humana a maldade e o egoísmo, que devem ser controlados pelo poder, a fim de estabelecer igualdade. Sendo assim, o Bullying, por ser praticado geralmente entre crianças e adolescentes, expõe um importante ponto ao qual se deve peculiar atenção. De acordo com pesquisas, as crianças que sofrem este tipo de agressão, que pode ser física ou psicológica, apresentam graves problemas na sua formação social. O sentimento de inferioridade, que a elas é atribuído no ato do crime, faz com que cresçam impregnadas com uma ideologia errônea de submissão, em lugar de igualdade. Outrossim, os agressores também sofrem consequências em sua formação. Ainda segundo Hobbes, a maldade da natureza humana é justificada pela busca incessante por satisfação. Sendo assim, os agressores, que possuem uma grave desestruturação psicológica, buscam sua satisfação na sensação de superioridade causada pelo aparente poder. Neste âmbito, a formação social dos agressores também é afetada, gerando uma potencial tendência ao crime. Neste cenário, no que envolve o âmbito escolar brasileiro, 28% dos alunos sofreram Bullying no decorrer do ano de 2009, e as incidências vêm crescendo drasticamente, ano após ano. Sendo assim, esta problemática não está recebendo a devida atenção, situação esta que fomenta uma futura e agravada crise sociocultural no país. Visando amenizar e, futuramente, erradicar este problema, cabe ao Estado investir em iniciativas que visem influenciar as crianças e adolescentes ao convívio igualitário, como assessorias psicológicas periódicas nas escolas públicas e também particulares. Ademais, à mídia cabe a divulgação de tais iniciativas, e a conscientização dos pais por meio de campanhas, para que instruam seus filhos de forma correta. Com estas medidas, talvez seja possível contrariar a realidade descrita por Hobbes, quando afirmou que o homem é o lobo do homem.