Há, nas escolas, a formação de uma micro sociedade baseada numa hierarquia. Logo, uns alunos se sentem superiores a outros, aqueles utilizando meios de opressão para inferiorizarem esses, caracterizando o bullying. Entretanto, tal questão não tem sido efetivamente solucionada pelas esferas responsáveis. Nesse sentido, a ineficiência do apoio escolar e familiar tem agravado o problema, trazendo consequências graves aos jovens. De acordo com o sociólogo Max Weber, na sociedade são estabelecidas formas de dominação. Esse conceito se aplica à realidade escolar, uma vez que grupos de estudantes se sobrepõem a outros, seja por questões de status ou por formas diferentes de comportamentos, ocorrendo a prática do bullying. Assim, o estereótipo de "valentões", que são caracterizados por serem mais populares, e dos "nerds", já mais reclusos no meio escolar, exemplifica a dominação daqueles sobre esses, que é movida pelo medo. Entretanto, apesar da gravidade disso, as escolas permanecem sem soluções eficientes, estando, por vezes, até mesmo dominadas pelos grupos praticantes desse ato. Em dados, segundo uma pesquisa do Ibope, mais de 40% dos alunos presenciaram ou foram vítimas do bullying, revelando uma acentuada quantidade preocupante. Dessa maneira, tem-se que a questão não vem sendo plenamente combatida. Como consequência das atrocidades do bullying, as vítimas sofrem de várias maneiras ao longo da vida. Desse modo, como afirma a psicóloga Aline Beckmann, especialista no assunto, os impactos sofridos são semelhantes ou superiores aos da violência doméstica, o que revela que não se trata apenas de simples brigas de colégio ou vitimização, mas de um agravante destrutivo do psicológico jovem. Isso é representado pela série 'Os Treze Porquês', trazendo à tona a dura realidade de quem passa pelo bullying, chegando até o suicídio. Com isso, o bullying destrói o estado emocional das pessoas, e continua o fazendo sem obstáculos. Nota-se, portanto, que o bullying desola o ambiente escolar e precisa ser solucionado. Para isso, é necessário que medidas educativas sejam aplicada nas escolas pelo Ministério da Educação, por meio de aulas que envolvam psicólogos especialistas e alunos, sendo apresentada aos alunos maneiras de lidar com o problema, como alertar monitores de escola episódios do acontecimento, visando conscientizar e aumentar a eficácia do combate. É também indubitável que as escolas implementem câmeras ao longo do local para que os conflitos sejam rapidamente vistos e impedidos e que assim os alunos se sintam mais seguros para comparecerem às aulas.