Sabe-se que o Brasil, é regido pelo modelo patriarcal, o qual desencadeia a desigualdade de gênero, obstáculo muito difícil de se contornar, pois, o pensamento de inferioridade da mulher está enraizado na sociedade. Vê-se também, que trabalhos domésticos são designados desde a infância às meninas, enquanto não é necessário aos meninos, assim, tais práticas acarretam no futuro grandes consequências, como desigualdade salarial e violência contra a mulher. No Brasil, segundo pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de toda a população que possui ensino superior 61% são mulheres. Contudo, mesmo assim, a desigualdade salarial entre homens e mulheres alcança 24% , devido ao pensamento de que as mulheres são inferiores aos homens, logo, não devem receber a mesma remuneração, pensamento machista e retrógrado que ainda persiste na mentalidade de muitos. Outrossim, a chegada da materninade é outro elemento de discriminação da mulher no mercado de trabalho, porque muitas mulheres são vítimas do desemprego quando seus patrões descobrem a gravidez, uma vez que a licença maternidade é um período de prejuízo para o empregador, ainda que seja um direito garantido por lei. Ainda dentro desse cenário, outro ponto a ser observado é a violência física e psicológica sofrida pelas mulheres e praticada tanto por seu conjucônjuge, como pela sociedade. É visto que casos de violência contra a mulher são muito recorentes, de acordo com o Datafolha, 503 mulheres são agredidas por hora . Esses episódios ainda ocorrem devida a ineficaz proteção Estado às mulheres que denunciaram seus agressores. Ademais, quando as mulheres são corajosas e ameacam o poder são silenciadas como o que ocorreu com Marielle Franco. Infere-se portanto, que é fundamental que o Brasil construa uma sociedade mais igualitária. Para isso, é necessário que escolas de ensino fundamental, médio e universidades promovam em seu ensino a cultura de igualdade de gênero, e o respeito a diversidade . Também é importante que o Estado utilize o órgão de fiscalização do trabalho no cumprimento das normas trabalhistas, como multar empresas que desempreguem mulheres durante e depois da gravidez ou que paguem salários diferentes a homens e mulheres. Ainda, é preciso uma mudança dentro do pensamento familiar, em que se preze mais valor ao papel da mulher , para que assim possamos encerrar tempos de ódio e desvalorização do papel feminino.