Diante do que preconiza a Constituição Federal de 1988, no artigo quinto, todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza. Todavia, os desafios da igualdade de gênero encontram obstáculos na incompreensão moral fomentada pela própria herança cultural da nação. Isso porque a imagem do feminismo vem sendo deturpada. É sabido que, a construção de uma imagem subjugada da mulher remonta ao período colonial. Nesse contexto, de acordo com o O Globo, o Brasil caiu para nonagésima posição no ranking de igualdade de gênero. Com isso, no livro Cegueira Moral de Zygmunt Bauman, o autor realiza que o mal do século se encontra em não compreender o outro. À vista desse princípio, o feminismo, atrelado à igualdade de gênero, é muitas vezes, devido às "fake news", comparado a uma figura nociva e exclusivista do sexo feminino. No entanto, o movimento prega a igualdade entre os dois sexos por um viés social econômico e social. Conforme a campanha lançada pela Organização das Nações Unidas (ONU), "He For She", o movimento convida tanto homens como mulheres para lutarem juntos contra a desigualdade de gênero. Ademais, essa inciativa é de suma importância para o desenvolvimento moral do Brasil visto que, de acordo com a ONU, o país possui uma herança patriarcal que só será superada nos próximos cem anos. Assim, é notória a luta para reafirmar a essência da igualdade de gênero diante da deficiência moral do país tupiniquim. Destarte, é imprescindível encontrar caminhos para alcançar a igualdade de gênero. Assim, a mídia deve informar da importância do feminismo, por meio de programas de rádio, televisão e "youtubers" que compactuam com o movimento, afim de conscientizar a população e desmistificar as falsas interpretações. Outrossim, o Ministério da Educação deve promover projetos educacionais que visem promover reflexões acerca da desigualdade de gênero, por meio de palestras em escolas e universidades, com pais e alunos, para que incite a desconstrução do patriarcalismo e a reforma do pensamento moral. Dessa forma, poder-se-á fazer jus ao artigo quinto da Constituição.