Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os desafios da igualdade de gênero no Brasil

Redação enviada em 04/10/2018

Marie Curie foi a primeira mulher a ganhar o prêmio nobel. Também, a primeira pessoa a ganhar dois! Um de física, pela descoberta da "Radiação" e outro de química, por isolar o elemento "Radio". Entretanto, nomes como o de Marie são uma raridade em nosso país e no mundo. Principalmente, por conta da desigualdade de gênero vivida atualmente, devido a resquícios sócio-históricos-culturais de uma sociedade antiga e patriarca atingindo fortemente as mulheres no campo científico. Uma concepção, um mapa de mundo antigo ainda é reproduzido em nossa realidade: a desvalorização do feminino! Essa origina-se no pensamento grego, com grande impacto na cultura ocidental, em que a figura do homem é tida ao que é da ordem e a lei, enquanto a mulher está ligada ao objeto de desejo e, portanto, relacionada a desordem. Assim, a prática de se fazer ciência também fica comprometida, pois é apresentada como "algo de homem", causando a desvalorização da mulher nesse campo. A exemplo: em "laboratórios de ponta", homens tem acesso a melhores salários e recomendações, enquanto mulheres mesmo com melhores currículos ainda ganham menos e são contratadas em um número muito menor. Desse modo é necessário ressaltar que concepções arcaicas gregas não deveriam ainda ter poder no mundo contemporâneo . De outra parte, dizer que mulheres não gostam de ciências por um determinismo biológico, usando o argumento de que "homens são racionais e feitos para a sapiência" e "mulheres são emocionais, feitas para artes e leitura" é um equívoco tremendo. Além disso, utilizando da mesma lógica empregada na famosa frase de Simone de Beauvoir "não se nasce mulher, torna-se mulher", não se nasce cientista, torna-se cientista. Pois a preferência por ciência não é algo natural. Assim sendo algo provocado pelo meio em que vivemos. Entretanto, a falta de representantes femininas e a presença de desigualdades, fazem com que grandes mulheres trabalhem nos bastidores do desenvolvimento científico. Dessa forma, podemos perder mais talentos como várias "Rosalind(s) Franklin(s)" e "Marie(s) Curie(s)". Conclui-se, então, que a desigualdade de gênero, que assola não apenas o Brasil tem origens no passado e torna-se um grande desafio quando atinge a sociedade como um todo, principalmente nas áreas científicas. Nesse sentido, Faz-se necessário, a adoção de novas e efetivas medidas que promovam a equidade de gênero no ambiente escolar e universitário. Como a iniciativa internacional da ONU, "He for She" e nacional "USP Mulheres", que defendem os direitos da mulher na sociedade e na escola/universidade. Ademais, viabilizando a preferência científica por parte delas. Sendo assim, realizando um cálculo matemático simples, podemos enxergar este ponto de vista: com mais ajuda feminina alinhada à masculina, teremos uma grande revolução científica, pois dois gêneros pensam melhor do que um.