Antagônico às teses aristotélicas, o brasil ainda não tem a justiça como tronco para o desenvolvimento da nação. Uma vez que princípios de isonomia básicos não alcançaram grande parte dos indivíduos que nela residem. Principalmente no que toca o cenário de persistente descompasso entre a atuação dos gêneros feminino e masculino. E por isso, urgem medidas para mudar essa realidade. O país vive um cenário retrógrado que reconhece diferentes funções sociais para diferentes gêneros. Nesse sentido, se tem hoje no Brasil um preconceito para cargos de lideranças que não são exclusivamente presididos por homens Afinal, segundo o site da câmara dos deputados, mesmo sendo o público feminino o de maior expressão eleitoral, somente 10% do Congresso Nacional é ocupado por mulheres. Assim, um desafio é desconstruir esse pensamento e então restaurar a imagem da mulher na sociedade. Outro desafio é enfrentar a raiz de toda essa verdadeira construção social que discrimina o sexo feminino no Brasil. Para a socióloga Sylvia Walby, essa discriminação se inicia dentro de casa, onde ao homem é dirigido o poder e à mulher, a subordinação. Hierarquia essa que pode, para ela, justificar desde mulheres em postos menos privilégiados economicamente até a violência doméstica. Por isso, é necessário que se rompa com esses paradigmas arraigados dentro do país. Vê-se então uma nação que, por ter sido construída com alicerces do patriarcado, segrega os sexos social e economicamente. Portanto, para que haja uma mudança nessa conjuntura vigorante, é imperioso que tanto o Ministério dos Direitos Humanos quanto o da Ciência Tecnologia, Inovações e Comunicações, juntos, por meio de subsídios disponibilizados pela União, criem um aplicativo para celular que, além de inovar as relações familiares patriarcais, discorra acerca dos direitos já garantidos por lei para as mulheres e suas implicações. Para que por fim, a justiça, como na tese de Aristóteles, se torne base para o progresso do Brasil.