No livro “O segundo sexo” de Simone Beauvoir é abordado o histórico resultante da inferiorização da mulher na sociedade. Dessa forma, a desigualdade de gênero foi implantada desde a idade média, em que as mulheres faziam o papel tradicional de cuidar dos filhos. Com isso, as mulheres buscam acabar com os paradigmas de inferioridade, provenientes da história da humanidade, por meio de movimentos, como o feminismo. Diante disso, deve-se analisar a importância da luta pela igualdade de gênero e os caminhos para a inibição do machismo. Conforme ocorrera a revolução industrial, surgira a necessidade de mão de obra das mulheres para que operassem as maquinas. Ou seja, fora atribuído a figura feminina uma nova função, além dos cuidados com a família. Todavia, com essa conquista, as mulheres alcançaram uma autonomia e, com isso, surgiu o interesse por novos progressos, por meio do movimento sufragista. Assim, o movimento buscou pelo direito ao voto feminino, com símbolos como a Emily Davison, ativista morta na tentativa de trazer visibilidade a causa. Isso refletiu no surgimento do feminismo, movimento que representa a luta das mulheres pela liberdade. Por consequência, uma grande massa de mulheres conseguiu o direito ao voto, educação e liberdade por meio dos movimentos. Ademais, o machismo está atrelado ao modelo de educação passado no âmbito familiar e nacional. Isso é notório ao analisar a situação do Paquistão, país que deprecia o ensino para as meninas. Logo, na tentativa de mudar essa realidade, Malala, muçulmana e feminista, quase foi morta pelo talibã ao ir contra o regime que proíbe a sua busca pela educação. Porém, em entrevista, a jovem Malala afirma que irá continuar lutando pela educação, pois conclui que mulheres são mais fortes do que o Sistema. No entanto, uma grande massa de mulheres permanece sem o direito à educação, o que impulsiona a ideia de continuidade do feminismo até que todas as mulheres tenham seus direitos e a liberdade garantidos. Torna-se evidente, portanto, que a igualdade de gênero ainda enfrentará desafios até ser alcançada. Dessa maneira, é necessário a implementação da Organização Nacional das Mulheres em todos os países, com o objetivo de lutar pelos direitos femininos e a igualdade de gênero. Isso deve ser feito por meio de uma assembleia, com mulheres de cada país que siga a ideia de poderes de Montesquieu, que se unam para solicitar ao estado, especificamente o poder legislativo, a formação da organização. Sendo assim, as figuras femininas terão voz diante da política e a liberdade, que é um direito, saciada e, possivelmente, conseguirão alcançar essa liberdade em países totalitaristas.