Como legado da sociedade ateniense para a cultura ocidental, tem-se a desigualdade de gênero, persistente até os dias atuais, a partir da submissão ao patriarcado a qual eram submetidas as mulheres de Atenas. Decerto, esse problema, real e alarmante, resiste, não somente pela cultura machista evidente, mas, também, pela falta de debate sobre o assunto nas escolas. Em primeiro lugar, vale afirmar que diversos casos de violência – física, psicológica e moral – contra o sexo feminino são notificados pelas mídias. Certamente, o caso do funkeiro MC Biel, que agrediu a namorada em 2018, é um grande exemplo de como as mulheres sofrem coerção em uma sociedade impregnada por ideais de machismo. Por conseguinte, o medo ainda aflige a população feminina que se sente coagida ao tentar ascender socialmente. Concomitantemente, as escolas possuem um papel importante na formação de uma sociedade menos desigual, o que não se observa com tanta força atualmente. Pensando assim, o líder político, Nelson Mandela, disse, certa vez, que “a educação é o grande motor do desenvolvimento pessoal”, e sem esse progresso individual a sociedade não progride no que tange à igualdade de gênero. Consequentemente, essa situação permanece inalterada, com risco de acentuação dessa. Observando a problemática discutida, são necessárias, destarte, medidas para solucionar o impasse. Em curto prazo, há a necessidade de o Governo Federal investir, utilizando a verba arrecadada a partir dos impostos já existentes, em propagandas televisivas que retratem a desigualdade e a violência que as mulheres sofrem, acompanhadas por um número pelo qual elas possam buscar ajuda, em horários de pico, como durante intervalos de novelas, para atingir maior público e conscientizar a população sobre o problema. Desse modo, talvez possam a sociedade e as mulheres deixar Atenas apenas no passado dos livros de história.