O princípio da igualdade aristotélico afirma que “devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida da sua desigualdade”. Essa perspectiva auxilia na análise da equidade de gênero no Brasil, visto que, em pleno século XXI, mulheres ainda são rebaixadas perante os homens. Nesse sentido, cabe analisar os fatores que favorecem esse quadro, bem como seus efeitos. Cabe pontuar, de início, a influência patriarcal no contraste entre as pessoas na sociedade. Isso, pois quem defende essa ideia, geralmente, acredita no modelo de família nucleada, pai, mãe e filho, o qual da plenos direitos ao indivíduo do sexo masculino, para ele manifestar suas vontades e desejos sobre os outros. Dessa maneira, isso é passado de geração para geração, e, segundo o filósofo Kant, o ser humano é reflexo de sua educação, e, dessa maneira, podendo ser formados cidadãos intolerantes e preconceituosos. Decorrente disso, muitas pessoas podem ser prejudicadas. Isso dado que a mulher pode, de acordo com o sociólogo Durkheim, sofrer o fato social, o qual se caracteriza por causar coerção, ser independente e exterior à suas vítimas, podendo essas se sentirem inferiorizadas ou incapazes. Prova disso é o fato de que o número de feminicídios vêm aumentando e de que o Fórum Econômico Mundial afirma que seria necessário 100 anos para acabar com esse problema. Fica evidente, portanto, a gravidade da desigualdade de gênero. Logo, para minimizar essa questão, o Ministério da Educação deve incluir a Base Nacional Comum Curricular, temas relacionados ao empoderamento feminino, que poderia ser feito nas escolas, por meio de debates coletivos feitos pelos alunos, para formar indivíduos tolerantes e não alienados. Ademais, a mídia, subsidiada pelo Estado, deve divulgar em revistas, jornais e novelas, sobre a importância da mulher para a sociedade, sobretudo em papeis ditos “masculinos”, como em construções ou oficinas. A fim de formar uma sociedade igualitária, assim como diz o princípio aristotélico.