Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Conquanto, hodiernamente não faz-se notório a eficácia de tal lei no Brasil, refletindo, muitas vezes, na inferiorização da mulher, sendo prejudicada naturalmente por uma constituição não igualitária. Sendo assim, cabe avaliar os meios que desfavorecem a igualdade de gênero no Brasil. É indubitável que a mulher tem sido vista pela sociedade como inápta a realizar funções inicialmente feitas por homens. Isso se deve, primordialmente, a configuração arcaica da sociedade que, há muito tempo, criou uma tradição onde a obrigação da mulher prevista no casamento sintetiza-se em responsabilizar-se às tarefas domésticas. Dessa forma, o gênero feminino ao buscar oportunidade no mercado de trabalho, almejando independência e/ou melhores condições financeiras, é majoritariamente submetido ao preconceito, deparando-se com obstáculos maiores do que, normalmente, são aparecidos aos homens, tornando o problema mais aparente. Contudo, faz-se mister, ainda, salientar os fatores anatômicos de ambos os gêneros como impulsionador do problema. Biologicamente, o gênero masculino tende a possuir mais força muscular do que o sexo oposto - resultado da seleção natural, onde os homens precisaram de suas forças para caçar comida, fugir de animais ferozes e sobreviver em geral. Isso provocou um efeito errêneo social, onde a mulher passou a ser reconhecida com quantidade de força insuficiente necessária à realização de deveres os quais exigem força física, fomentando o preconceito. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Ministério da Educação (MEC) deve promover aulas e palestras, que debatam e impulsionem a redução da desigualdade de gênero, nas escolas por meio de profissionais graduados em ciências sociais, os quais terão maior posicionamento, autoridade e material para falar sobre o assunto, com rodas de conversa, contação da história antrópica por meio de linguagem apropriada e adaptada às criança, peças teatrais e outros, buscando inspirar uma geração de estudantes pensantes e sensatos, que abominem todo e qualquer tipo de preconceito e injustiça no que tange a essa mazela da população. Com isso, espera-se que o obstáculo seja superado e que o país se encontre mais próximo de se tornar uma sociedade ideal.