A colonização no Brasil, processo exploratório que visava ,principalmente, a obtenção de riquezas para a metrópole as custas dos nativos, sempre esteve associada à questões sociais, como, por exemplo, a desigualdade de gênero. Por isso, cabe ressaltar que a sociedade brasileira é ,majoritariamente, patriarcal, pois é oriunda desse processo. Uma vez que nos deparamos, comumente, com situações que caracterizam essa herança histórica. Em primeira análise, é importante observar que a mulher, por muito tempo, teve um papel bem definido dentro da sociedade que consistia, basicamente, em atividades como: cuidar do lar e dos filhos, ao passo que o homem estava incumbido da caça, pesca e proteção da família. A partir daí, é notório a disparidade entre o homem e a mulher dentro de um mesmo espaço geográfico. Em outras palavras, é como se ambos estivessem predestinados a exercer apenas, e somente, as funções as quais foram “destinados”. De acordo com uma pesquisa efetuada pelo WEF (Fórum de Econômico Mundial), a desigualdade de gênero no Brasil aumentou, substancialmente, em 2017. Dessa forma, pode-se mensurar o quão forte essa problemática está enraizada no país. Entretanto, as mulheres estão, aos poucos, revertendo esse quadro e conquistando uma maior independência em relação aos homens e ,consequentemente, garantindo um maior espaço na sociedade. A retomada aos estudos e a ocupação em grandes cargos em setores “masculinizados” são alguns dos vários progressos conquistados por essa “minoria”. No entanto, há muito a ser trabalhado para erradicar esse contraste gritante em pleno século XXI. Diante do exposto, infere-se, que a questão abordada está, intrinsecamente, ligada a modelos sociais não apenas históricos, mas também ultrapassados. Dito isso, é indispensável que o Governo Federal, através do Legislativo, promova ações relevantes acerca do tema, como palestras gratuitas sobre a importância da inclusão do gênero feminino e seus efeitos na contemporaneidade, ministradas por mulheres que são consideradas os ícones da luta, como a piloto Major do Corpo de Bombeiros, Karla Lessa, que conduziu um dos dramáticos resgates a vitimas em Brumadinho, Minas Gerais. Sendo assim, será possível conscientizar as pessoas e, principalmente, a parcela conservadora que assim como o planeta é dinâmico, a sociedade e suas vertentes também não estão estagnadas no tempo. Logo, merecem compreensão e , sobretudo, respeito.