Título da redação:

Igualdade para todos

Tema de redação: Os desafios da igualdade de gênero no Brasil

Redação enviada em 28/09/2018

De acordo com a Constituição Federal, de 1988, todo cidadão, sendo irrelevante sua cor, credo, condição econômica e gênero possui os mesmos direitos no Brasil. No entanto, quando se observa, hodiernamente, as desigualdades entre os gêneros, verifica-se que os direitos constitucionais não estão sendo cumpridos na totalidade, seja pela falta de políticas públicas, seja pelo retrógado pensamento “machista-patriarcal” que segue intrínseco ao país. Desde o Feudalismo, regido pelo patriarcalismo, a mulher tem sido objetificada e desvalorizada no Brasil. Outrora, certos direitos, hoje comuns, como se candidatar, votar e ocupar as mais diversas profissões eram proibidos às mulheres. Todavia, com os avanços éticos, sobretudo no legislativo, a mulher tem conquistado seu espaço e se afirmado, demonstrando que deve gozar dos direitos à igualdade estabelecidos na Carta Magna. Bem assim, a fim de corroborar para o engajamento da mulher na sociedade, existem movimentos que lutam pela igualdade dos gêneros, como o Feminista, voltado à defesa dos direitos iguais para todos, fim das agressões às mulheres e ao fim do estupro. Desse modo, contando com poucas políticas públicas ligadas `à causa, as mulheres seguem suas lutas por intermédio de passeatas, panfletagem virtual, nos meios de interação online, como redes sociais, e ONG’s feministas ou pró-mulher. Outrossim, como elucidado pelo sociólogo Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de pensar, em que o meio social molda o indivíduo para permanência de padrões . À vista disso, como o Brasil foi consolidado em bases preconceituosas e autoritárias, visto que regimes opressores como o Absolutismo Monarca, Imperialismo e, posteriormente, a Ditadura Militar, de 1964, paradigmas sobre a mulher, como sua fragilidade excessiva e inferioridade ao lado do homem, seguem inatos à sociedade. Porém, se o tecido social refletir a filosofia da Simone de Beauvoir, a qual afirma que os padrões de gêneros são mutáveis, pois não são biológicos, mas concepções sociais, o Brasil tende a trilhar os caminhos que levam à justiça. Urge, portanto, que o Governo adote medidas para a construção de uma sociedade igualitária. Dessarte, o Ministério da Educação (MEC), com apoio de professores e psicólogos, disponibilizados pelas prefeituras locais, deve fomentar o debate sobre a igualdade de gênero nas escolas, a fim de que a temática seja esclarecida e as novas gerações não sofram sob preconceitos arcaicos e obsoletos. De mesma maneira, com o fito de atenuar a desigualdade dos direitos para com as mulheres, o Ministério da Justiça (MJ), responsável por garantir os direitos constitucionais, com apoio das empresas privadas, pode estabelecer incentivo, como diminuição dos impostos às empresas que agregarem números equânimes, entre mulheres e homens, no rol de funcionários, para que os impasses rumo a igualdade de gênero sejam minguados. Talvez assim, a desigualdade mirre e os direitos constitucionalizados alcancem a todos.