Título da redação:

Feminismo necessário

Proposta: Os desafios da igualdade de gênero no Brasil

Redação enviada em 03/10/2018

Segundo Jean-Paul Sartre, filósofo francês, o ser humano é livre e responsável; cabe a ele escolher seu modo de agir. Portanto, recai sobre o homem o compromisso de construir uma sociedade justa e igualitária. No século XXI, no entanto, a desigualdade entre os sexos é um grave problema que deve ser combatido, uma vez que, com o avanço das ciências humanas e exatas, nota-se a inexistência de argumentos lógicos para tal distinção de valores. Nesse panorama, torna-se imprescindível analisar tanto aspectos econômicos, quanto culturais acerca desse assunto. Em uma primeira análise, sob a ótica social, a depreciação das qualidades femininas, em várias áreas, intensifica a dificuldade de inserção das mulheres no mercado de trabalho. Esse quadro econômico foi instaurado como subproduto de um passado histórico opressivo, no qual o homem, por exercer majoritariamente as profissões, passou a dominar o ambiente laboral e, desse modo, valorizou o próprio gênero. Essa problemática, porém, vem sendo questionada por grandes expoentes do feminismo, como a filósofa francesa Simone de Beauvoir – que alavancou o movimento feminista no mundo -, e atualmente é pauta de diversos debates formais e informais. Dessa maneira, esse paradigma trabalhista, ao excluir parcialmente a figura feminina do panorama econômico do país, fomenta um esforço para ser positivamente transformado. Ademais, cabe pontuar que a compactuação do corpo social promove a desigualdade de gênero no Brasil. Esse paradigma sociológico alicerça-se no machismo não só intrínseco no sexo masculino, mas sobretudo naquele que permeia as mulheres. Essa conjuntura encontra-se em consonância com o que foi exposto por Beauvior, a qual afirmou que o opressor torna-se mais forte a partir da cumplicidade por parte dos próprios oprimidos. Desse modo a herança machista perpassada por séculos dentre as mulheres mais conservadoras, ao materializar o problema, normatiza um ambiente de opressão e relativização de valores. A fim de construir, nas mínimas manifestações e expressões, uma sociedade pautada na igualdade e democracia, é fundamental que o Poder Executivo Federal, em consonância com os Governos Estaduais e Municipais, promova políticas públicas da reestruturação de centros de atendimento à mulher, bem como a fiscalização da manutenção de seus direitos, por meio de construção e modernização de secretarias destinadas a esse serviço, de modo a dinamizar o atendimento e também pela contratação de pessoas do gênero feminino – que possuem maior empatia - para atender as denúncias. E, dessa forma, o ser humano estará escolhendo a maneira correta de agir e avançará mais rapidamente no sentido da homeostase social.