Sabe-se que a questão da desigualdade de gênero tem sido amplamente discutida nos últimos anos, porem dados do Fórum Econômico Mundial (WEF) mostram que em 2017 houve diminuição da paridade de gênero em todo o mundo desde que a medição começou e no Brasil tivemos uma queda substancial, com base nisso propõe-se apresentar os desafios da igualdade de gênero no Brasil, a saber a cultura machista e a falta de empoderamento feminino. A cultura machista cria erroneamente, a ideia de que existem competências exclusivamente masculinas, ou femininas, justificando cargos ocupados majoritariamente por homens, já que possuem maior rigor técnico na execução de determinadas atividades. Isso se evidencia no fato de a participação das mulheres ser muito baixa na política e em cargos executivos no mercado de trabalho. Fator que perpetua esta visão desde a infância, é a separação de brincadeiras entre os gêneros. Tal imposição desenvolve mais determinadas características em meninos do que em meninas, isto não quer dizer que meninas não possuem estas mesmas características, ou que não possam desenvolve-las. Outro desafio é que muitas mulheres acreditam que a falta de habilidade para execução de determinadas funções é um fator biológico e que, portanto, apenas homens podem exerce-las. Isso faz com que as mulheres percam a confiança nelas mesmas não indo atrás de aperfeiçoamento. Outrossim apesar de serem parte substancial da população, a participação feminina na política ainda é muito baixa, isso mostra que as mulheres votam em homens para representarem seus interesses, pois não confiam em mulheres exercendo cargos políticos. Para que os desafios da igualdade de gênero no Brasil possam ser vencidos, é necessário quebrar paradigmas na educação das crianças, com medidas que promovam a homogeneização das brincadeiras, não as rotulando a nenhum gênero. Para que isto possa ser factível é fundamental a participação das escolas, enquanto formadores de cidadãos. E ações afirmativas promovidas pelo governo, não apenas por meio de cotas, mas através de campanhas que promovam a discussão sobre o papel feminino na sociedade, mostrando lideranças femininas no mundo todo que são exemplo de eficiência, e concessão de incentivos fiscais às empresas que adotem essas campanhas em prol da participação feminina no marcado de trabalho. Espera-se com isso, mudar a opinião pública sobre o papel feminino e erradicar a desigualdade de gênero.