Título da redação:

Caminhos para combater a desigualdade de gênero no Brasil

Proposta: Os desafios da igualdade de gênero no Brasil

Redação enviada em 20/10/2018

No ano de 2010, na disputa pela 36ª vaga à presidência, ocorreu algo inédito no Brasil, pela primeira vez na história, uma mulher foi eleita presidente do país. Nesse contexto, pode-se inferir que a desigualdade de gênero permeia de forma assídua na sociedade brasileira, refletindo-se em diversos setores, não somente no político. Cabe, dessa maneira, analisar os entraves que dificultam a busca pela equidade para que, assim, possa-se resolver o impasse. Em primeira análise, cabe pontuar que, segundo dados do Fórum Econômico Mundial (WEF), o Brasil encontra-se na nonagésima posição no que se refere à desigualdade entre homens e mulheres. Diante disso, é perceptível que, dentre as principais causas para essa problemática, estão a distribuição desigual em vagas de trabalho e o estereótipo estabelecido de que as mulheres são inferiores e mais fracas que os homens. Entretanto, dados divulgados pelo IBGE afirmam que o gênero feminino é a maioria nas universidades proporcionando a elas uma melhor qualificação profissional. Logo, urge que se tomem medidas cabíveis a fim de reverter esse quadro, visto que, por elas terem superno índice de formação, deveriam ter também melhores empregos. Outrossim, convém ressaltar que, ao passar dos anos, as mulheres foram conquistando mais direitos, tais como o de votar, estudar e de poder trabalhar fora de casa. Todavia, nota-se que ainda há a prevalência da violência, sobretudo a sexual e doméstica, o que é muito preocupante, posto que, mesmo que haja leis que punam a prática, ela ainda é muito cometida. Comprova-se isso ao ver-se que é comum programas informativos, diariamente, relatarem inúmeros ocorridos, tendo como vítimas as mulheres. Além disso, em diversos casos, os agressores justificam seus atos devido a elas usarem roupas “provocativas” ou ainda alegam que merecem tais atos. Dessa maneira, percebe-se que é impreterível que haja mais rigidez nas leis que asseguram direitos às mulheres, a fim de que seja cada vez menos frequente a incidência desses crimes. Destarte, é indubitável que o Ministério da Educação, juntamente com o Governo Federal, promova, nas escolas do país todo, campanhas publicitárias com o propósito de quebrar os paradigmas estabelecidos de que um sexo é superior ao outro. Para isso ser possível, é necessária a colaboração de professores e palestrantes, que ensinem às crianças desde cedo com o objetivo de fazer com que elas cresçam em uma sociedade mais igualitária e feliz, seguindo, assim, o pensamento de Nelson Mandela de que uma sociedade mais igualitária terá, consequentemente, maiores alegrias. Dessa forma, os indivíduos aprenderão também que a violência não promove igualdade, portanto, a prática dela poderá ser inexistente.