A partir do momento em que houve a diferenciação entre homens e mulheres na pratica social e a atribuição de um maior valor as praticas masculinas, a desigualdade de gênero explodiu. E tanto tempo depois, ainda é um problema. Assim encontramos hoje uma sociedade na qual, o mero acaso da genética gera grande privilegio no mundo. Nascer com o 23° par de cromossomos como XY, aumenta as chances do indivíduo entrar no mercado de trabalho, ter melhores salários, assumir posições de liderança ou até mesmo não receber "um mal olhar" ao cursar uma engenharia. Ao mesmo tempo tal diferença ínfima traz grande sobrecarga social ao homem, sendo visto como "líder da matilha", assim considerando-se muitas vezes dono da mulher e filhos, sempre a frente disto com postura forte, rígida e violenta, sem nunca derramar uma lágrima pois "homem não chora", isso é "coisa de mulher". Embora a desigualdade social tenha melhorado, a situação é alarmante. A desigualdade entre homens e mulheres medida pelo Fórum Econômico Mundial, pela primeira vez desde o começo das medições, em 2006, aumentou em 2017. Segundo a mesma entidade, se esse ritmo, serão necessários cem anos para as diferenças de gêneros serem superadas. No ranking da desigualdade, o Brasil encontra-se na 90°, fazendo feio perante seus vizinhos como Bolívia (17°) e Cuba (25°). A desigualdade de gênero é um gravíssimo problema, que atinge ambos os lados. É ilógico tamanha disparidade devido ao mero acaso da genética. É preciso da ação do Estado, por meio de leis e fiscalizações para garantir o igual direito independente do sexo. Além de trazer o debate para a sociedade, por meio das escolas e universidade. Só assim a sociedade poderá ser reeducada de uma pratica tão primitiva.