Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Os desafios da educação especial inclusiva no Brasil

Redação enviada em 02/11/2016

Na contemporaneidade, o Brasil vive sob a égide de uma democracia, a qual vem da Constituição promulgada em 1988. A partir desse pressuposto, inscritos em tal conjuntos de leis estão os artigos 5 e 6, os quais têm por função garantir, principalmente, a igualdade e a educação a todos os cidadãos. Entretanto, com o elevado preconceito existente acerca das diferenças hoje, concomitante à falta de políticas públicas relacionadas à inclusão social, os portadores de necessidades especiais ficam extremamente prejudicados. Primeiramente, é válido ressaltar que, segundo dados do Censo Escolar de 2014, 79% dos estudantes especiais encontram-se matriculados em unidades de ensino comuns. Esse processo advém do projeto feito pelo Governo Federal com o objetivo de incluir socialmente todos os adolescentes, jovens e adultos em Instituições Educacionais partilhadas por deficientes (mentais, visuais, físicos e outros) e pessoas normais, adequando o cenário à todos. No entanto, apesar do crescimento dos matriculados especiais, estes ainda não recebem o suporte apropriado às suas necessidades. Talvez não fosse ocioso lembrar que, de acordo com Darcy Ribeiro, grande antropólogo, político e escritor brasileiro, o Brasil foi o último país a abolir a escravidão e, por isso, guarda uma perversidade intrínseca na sua herança, recheada de desigualdade e de descaso da classe dominante. Tal afirmativa reflete nas escolas dos dias atuais. Nelas percebemos professores despreparados da maneira que devem agir com os deficientes e de alunos normais praticando o bullying com os "inferiores". Nesse sentido, podemos observar que o maior desafio da educação inclusiva no país é vencer o preconceito vigente. Enfim, para efetivação dos direitos fundamentais, principalmente, a igualdade e a educação, é fundamental uma política que se oriente pelo princípio da responsabilidade compartilhada dos atores sociais, como o Estado e a escola. Compete ao Estado a criação de mecanismos que derrubem as barreiras arquitetônicas e urbanísticas existentes em prol da igualdade inclusiva no Brasil. Para tanto, é imprescindível que o desenho universal seja estruturado nas escolas, como os suportes metálicos nos banheiros e a construção de rampas acessíveis nas escadas aos cadeirantes. Além disso, é necessário que a tecnologia assistiva seja utilizada, como portas eletrônicas com sensores de movimento. Por fim, é função da escola preparar os profissionais da educação ao tratamento adequado aos portadores de alguma deficiência. Tal passo pode ser concluído pelo viés do ensino de linguagens e códigos pertinentes aos deficientes auditivos e visuais, assim como a sensibilização dos outros alunos de como é importante tratar os iguais como iguais e os desiguais na medida em que eles se desigualam de modo sensato. Parafraseando Nelson Mandela, precursor da luta contra o Apartheid na África do Sul, "a educação é a principal arma para mudar o mundo".