Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Os desafios da educação especial inclusiva no Brasil

Redação enviada em 31/10/2016

Na cultura guerreira da antiga Esparta, o deficiente físico era visto como incapaz de atender as exigências de uma batalha e por isso eliminado logo após o nascimento. No Brasil do século XXI, com os avanços humanos e tecnológicos, os portadores de necessidades especiais são melhores amparados por diversos mecanismos. Entretanto, a inclusão destes ainda configura um desafio que é ironicamente intensificado pela ação de escolas direcionadas ao campo; e pelo preconceito arraigado no ideário popular. Segundo publicações da revista “Isto É”, cerca de 10 mil escolas especializadas foram criadas no país desde o ano 2000. Instituições deste nicho contam com fortes aparatos para o ensino de pessoas com necessidades especiais, desde profissionais especializados até salas equipadas para sanar diversas dificuldades. Contudo, o contato com o mundo exterior e suas características, fator determinante para a boa convivência do estudante na sociedade, é muitas vezes ausente. Circundado por pessoas que compartilham debilidades iguais ou similares às dele, o individuo é instruído apenas para a convivência neste âmbito. Desta forma, instituições deste nicho acabam apresentando caráter segregador, o que dificulta ainda mais a inclusão social desses cidadãos. Ademais, a preconceito ainda é fortemente presente na sociedade e distancia a resolução do problema. Para Êmile Durkheim, o fato social é uma ação coletiva dotada de coercitividade e exterioridade que se caracteriza pelo compartilhamento de hábitos, costumes e idéias de maneira natural entre os indivíduos de um grupo. Desta forma, a subestimação dos indivíduos com necessidades figura no ideário popular de maneira recíproca à teoria do sociólogo e dificulta a boa interação destes em diversos âmbitos, desde cotidianos até profissionais. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Cabe ao Poder Executivo direcionar investimentos ao Ministério da Educação visando o aperfeiçoamento das escolas públicas no atendimento de pessoas portadoras de necessidades, para assim permitir a formação dessas em âmbito mais real, que prepare não só tal indivíduo como também os outros alunos, para o convívio com as diferenças. Outrossim, a mídia nacional deve reproduzir conteúdos educativos acerca do tema buscando combater formas de preconceito e discriminação. Por sua vez, o Ministério da Justiça e Cidadania, em parceria com o Ministério da Infra Estrutura, deve investir em acessibilidade pública, fator crucial para a promoção da inclusão no país.