Título da redação:

O monge que abriu caminhos.

Proposta: Os desafios da educação especial inclusiva no Brasil

Redação enviada em 17/08/2017

Durante a idade moderna, o monge Pedro Ponce desenvolveu um método para educar os surdos por meio da linguagem de sinais, contrariando a sociedade que não acreditava na educação de deficientes. Já no século XXI, no qual ainda há luta para integrá-los na educação nacional, é que se evidencia a precariedade do sistema de inclusão no Brasil, seja pelo mau planejamento estrutural das instituições, seja pela lacuna entre escola e família. Sabe-se que a má estrutura das escolas brasileiras, como prédio antigos, é o principal obstáculo para inclusão dos deficientes físicos. É sabido que a Constituição garante educação à todos, no entanto, sua aplicabilidade no cotidiano é incoerente, uma vez que o Governo não investe em educação, logo, a verba destinada para os centros educacionais é direcionada para alimentação e compra de materiais, tornando a reforma das instituições inviável, o que gera segregação e o impedimento do deficiente de se entender como cidadão, já que não se inclui na formação primária do indivíduo, a escola. Além disso, a grande lacuna existente entre família e escola contribuem para a demora da inclusão, principalmente de deficientes mentais, em escala nacional. Uma vez que, sem o diálogo, é praticamente impossível o professor desenvolver um plano de estudo específico para o jovem, e devido à má comunicação, os familiares se entendem como vítimas de preconceito e retiram seus filhos das escolas, dado que se comprova pelo Censo Escolar que aponta como 21% o número de deficientes que ainda não estão matriculados em turmas comuns, o que diminui drasticamente as chances desse indivíduo se incluir na sociedade e mercado de trabalho anos mais tarde. Fica evidente, portanto, que o sistema de inclusão brasileiro ainda é precário, logo, é necessário que o Ministério da Educação, em parceira com empresas privadas, disponibilize verba para a reforma básica das escolas, como implementação de rampas, pias e bebedouros baixos, além de oferecer cartilhas explicativas aos demais alunos, criando assim uma futura geração mais consciente e inclusiva por si só, implantando-se em curto prazo. Além disso, as escolas e a família devem estabelecer uma relação de comunicação constante, por meio de reuniões com psicopedagogos e diretores escolares, para que possa haver planejamento de aulas e criar, gradativamente, a inclusão desejada, implantando-se em curto prazo.